Economia

Bolsonaro elogia limite de juros para o cheque especial

Na quarta-feira, a CMN determinou que os juros para o produto devem ser de no máximo 8% ao mês

Jair Bolsonaro: presidente apoiou a medida e disse que a economia "está dando certo" porque ele não interfere (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente apoiou a medida e disse que a economia "está dando certo" porque ele não interfere (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 20h40.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 28, que é bem-vinda a decisão de limitar a 8% ao mês os juros cobrados pelos bancos no cheque especial. "Qualquer medida que ajude a população é bem-vinda", disse. Segundo o presidente, a crítica sobre estes juros é antiga. "Cheque especial é uma crítica há muito tempo. As taxas são abusivas. Quem começou com isso tudo foi a Caixa Econômica. Tanto é que vou abrir uma conta na Caixa", disse o presidente.

Bolsonaro voltou a atribuir ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a responsabilidade pelas decisões da área. "Eu falei que não entendo nada de economia. Está dando certo é por que não me meto." "Manchete amanhã: presidente não foi consultado sobre tal decisão. Presidente não sabe de nada", ironizou Bolsonaro.

O governo decidiu limitar a 8% ao mês os juros cobrados pelos bancos no cheque especial, mas permitiu que as instituições cobrem uma tarifa mensal para oferecer o produto a seus clientes. A medida foi aprovada durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) - composto pelo ministro da Economia (Paulo Guedes), pelo presidente do Banco Central (Roberto Campos Neto) e pelo secretário especial da Fazenda (Waldery Rodrigues) - e entra em vigor em 6 de janeiro de 2020.

Em outubro, segundo o BC, o juro médio do cheque especial ficou em 305,9% ao ano (o equivalente a 12,4% ao mês). Com a mudança, essas taxas devem cair praticamente pela metade, a 150% ao ano.

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