Economia

Bolsonaro diz que vai tomar providência caso alta do petróleo continue

Presidente afirmou que uma possível solução seria pedir ajuda de governadores em relação ao ICMS do combustível

Jair Bolsonaro: presidente comentou a alta de 5% do petróleo nesta sexta-feira com tensões entre Estados Unidos e o Irã (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Jair Bolsonaro: presidente comentou a alta de 5% do petróleo nesta sexta-feira com tensões entre Estados Unidos e o Irã (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 19h24.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta sexta-feira que, caso continue a alta do petróleo, após o ataque dos EUA ao general iraniano Qassem Soleiman, "com toda certeza" vai tomar uma providência.

"Com toda a certeza", disse o presidente a jornalistas ao ser perguntado se será preciso tomar uma providência sobre a alta dos preços, após visitar a mulher, Michelle Bolsonaro, em um hospital em Brasília.

"Conversei com Almirante Bento (ministro de Minas e Energia), presidente da Petrobras (Roberto Castello Branco) e (o ministro da Economia) Paulo Guedes e nós temos uma linha de não interferir, acompanhar, buscar soluções", acrescentou.

Bolsonaro afirmou ainda que, nessa hipótese, poderia apelar para os governadores. "Vamos supor que aumente 20% (o petróleo), vai aumentar 20% o ICMS. Será que não dá para os governadores cederem? Todo mundo perde. Toda nossa economia é afetada nessa questão", completou.

Bolsonaro disse ter conversado ao longo do dia com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e aprofundou a discussão do assunto e traçou uma estratégia de como proceder no desenrolar dos fatos.

"A coisa que mais me preocupa é a possível alta do petróleo, que esta em torno de 5% no momento", disse. "Conversei com o presidente da Petrobras também, a exemplo do que aconteceu na Arábia Saudita o ataque de drones, em poucos dias voltou a normalidade e espero que aconteça agora também", destacou.

O presidente não quis opinar sobre como o Brasil vê a atitude dos EUA em relação ao líder militar iraniano. Também não quis dizer se conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ordenou o ataque contra o iraniano Qassem Soleimani.

"Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, opinaria", disse, ao frisar que está descartada uma nota do Itamaray em relação à operação dos EUA.

Bolsonaro visitou Michelle, que passou por um procedimento cirúrgico e terá alta na manhã de sábado.

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