Economia

Bolsonaro apoia fusão Embraer-Boeing para companhia brasileira não falir

"Sou favorável (à fusão). Entendo que a Embraer, se continuar solteira como está, a tendência é desaparecer", disse o presidente eleito

Embraer e Boeing: pelo fato de governo ter a chamada "golden share", ação que garante poder de veto na venda da companhia, nova gestão dará prosseguimento à fusão das empresas (Eric Piermont/Getty Images)

Embraer e Boeing: pelo fato de governo ter a chamada "golden share", ação que garante poder de veto na venda da companhia, nova gestão dará prosseguimento à fusão das empresas (Eric Piermont/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 15h45.

Guaratinguetá - Em meio às negociações para fusão da Embraer com a Boeing, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que seu governo dará aval para o acordo e seguirá com o processo. "Sou favorável a ela (à fusão). Entendo que a Embraer, se continuar solteira como está, a tendência é desaparecer", disse, após participar de uma formatura de sargentos na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), no Vale do Paraíba.

Com o governo tendo a chamada "golden share", ação que garante poder de veto na venda da companhia, a gestão dará prosseguimento à fusão das duas empresas, disse Bolsonaro.

Joint venture e tecnologia

Uma das preocupações do novo governo, no entanto, está relacionada à transferência de tecnologia. Perguntado sobre a necessidade de criar salvaguardas diante de eventual transferência de tenologia da Embraer para a Boeing, o futuro ministro da Defesa, general Augusto Heleno, afirmou que "transferência de tecnologia é uma coisa às vezes muito prometida e às vezes não acontece, mas é exatamente por uma falta de participação efetiva dos dois interessados. Se os dois interessados tiverem uma participação efetiva, acontece a transferência de tecnologia".

A Embraer assinou em julho um memorando de entendimento com a Boeing para formação de joint venture que vai envolver a área de aviação comercial da fabricante brasileira. O documento avalia as operações de aviação comercial da companhia brasileira em 4,75 bilhões de dólares. A Boeing terá 80 por cento da companhia resultante da transação, uma parcela avaliada em 3,8 bilhões de dólares.

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