Economia

Bolsas de NY mantêm recordes com otimismo com economia dos EUA

O PIB americano deve crescer entre 1,90% e 2,90% neste ano, com mediana de 2,50%

Dow Jones: O índice Dow Jones fechou em alta de 0,40%, aos 24.922,68 pontos (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones: O índice Dow Jones fechou em alta de 0,40%, aos 24.922,68 pontos (Spencer Platt/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 20h49.

São Paulo - Os mercados acionários americanos deram prosseguimento ao rali de ano-novo e renovaram máximas históricas de fechamento nesta quarta-feira, 3, à medida que os investidores estão otimistas com as perspectivas para a economia dos Estados Unidos neste ano.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,40%, aos 24.922,68 pontos; o S&P 500 avançou 0,64%, aos 2.713,06 pontos; e o Nasdaq subiu 0,84%, aos 7.065,53 pontos. Com esses resultados, os três indicadores bateram recordes de fechamento.

A forte economia dos Estados Unidos segue monitorada pelos agentes. De acordo com levantamento realizado pelo Broadcast, o Produto Interno Bruto (PIB) americano deve crescer entre 1,90% e 2,90% neste ano, com mediana de 2,50%. Analistas apostam que deve haver uma ligeira aceleração no crescimento em relação ao ano passado "devido aos fundamentos sólidos dos consumidores e aos investimentos em bens de capital, que parecem estar ganhando alguma tração", como aponta o economista-chefe para EUA da RBC Capital Markets, Tom Porcelli.

Os setores de tecnologia e de energia mantiveram o bom desempenho visto no primeiro pregão do ano e lideraram os ganhos na sessão desta quarta-feira. O petróleo WTI negociado em Nova York acelerou o movimento altista visto desde o fim do ano passado e fechou no maior nível em três anos, ultrapassando a barreira de US$ 61 por barril. Ações de energia acompanharam os preços do óleo e também fecharam em alta: a Chevron ganhou 0,73% e a ExxonMobil avançou 1,96%, enquanto a ConocoPhillips apresentou valorização de 1,84%.

Já o setor de tecnologia deu prosseguimento à forte alta registrada na terça-feira, quando o Nasdaq fechou, pela primeira vez, acima da marca psicologicamente importante dos 7 mil pontos. As ações de semicondutores impulsionaram o índice novamente, em meio a relatos de uma falha de segurança em processadores da Intel. A Nvidia, uma das concorrentes da Intel, saltou 6,58%, enquanto a Advanced Micro Devices subiu 5,19%. Além disso, os investidores mantiveram no radar um relatório do Citi que aponta que a Apple tem 40% de chance de comprar a Netflix após a aprovação da reforma tributária nos EUA. Com isso, a Netflix, cuja ação já havia subido mais de 4% no dia anterior, deu prosseguimento ao rali e fechou em alta de 1,98%, no nível recorde de US$ 205,05.

Apesar das preocupações entre alguns analistas de que os papéis de empresas de tecnologia apresentaram ganhos bastante expressivos desde o início do ano passado, alguns investidores acreditam que a força dessas ações deve continuar com os resultados corporativos das empresas. "Enquanto você tiver crescimento, acho que é possível argumentar que a trajetória continuará a ser de ascensão, sem medo de bolhas", afirmou a diretora de estratégia de investimento e pesquisa da MV Financial, Katrina Lamb.

O movimento altista teve continuidade após a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) realizada em dezembro. Os dirigentes expressaram confiança crescente na força do mercado de trabalho e discutiram como os cortes nos impostos aprovados pelo Congresso dos EUA poderão impulsionar o crescimento econômico americano - um desenvolvimento favorável para as ações, disse o diretor-gerente da Crossmark Global Investments, Paul Townsen. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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