Exame Logo

BNDES deve fechar 1º tri com volume menor de desembolsos

Com isso, alguns segmentos contemplados no Programa de Sustentação de Investimento devem retornar aos patamares que vigoraram até março do ano passado

O banco fornece empréstimo por meio de outros bancos (Divulgacao)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 19h54.

Rio de Janeiro - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem fechar o primeiro trimestre do ano abaixo dos R$ 24,9 bilhões registrados no mesmo período de 2011, que por sua vez foi 2% inferior aos primeiros três meses de 2010.

O marasmo da indústria tem sido o principal responsável pelo impacto negativo na demanda e o banco se prepara para reduzir as taxas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI) como forma de incentivar a retomada dos pedidos de financiamento.

A redução das taxas, com anúncio previsto para as próximas semanas, irá variar de acordo com a categoria, mas deve se situar em um intervalo entre um e dois pontos porcentuais. Com isso, alguns segmentos contemplados no PSI devem retornar aos patamares que vigoraram até março do ano passado.

Naquela ocasião, o governo decidiu elevar as taxas e estender o programa até dezembro. Depois, nova prorrogação jogou para dezembro de 2012 o prazo de vigência do PSI, criado emergencialmente em julho de 2009 para estancar os efeitos da crise internacional sobre a indústria brasileira.

O objetivo principal do programa é estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica.


Caso confirmada, a queda nas liberações do BNDES no primeiro trimestre será a segunda para este período desde 2006. O que preocupa técnicos do banco é que o recuo está ocorrendo não apenas em grandes financiamentos, acima de R$ 10 milhões, feitos por meio de operações diretas do banco, como para valores abaixo deste patamar, feitos com a intermediação de outros agentes financeiros. Geralmente, a maior parte dos empréstimos feitos por operações indiretas referem-se à compra de equipamentos.

Sem reversão da situação atual, o banco pode registrar este ano uma queda considerável no nível dos financiamentos, inicialmente estimada entre 10% e 12%, em relação a 2011. Os R$ 30 bilhões que o Tesouro Federal deve repassar ao banco serão utilizados basicamente para custear o PSI. Dos R$ 255 bilhões repassados entre 2009 e 2011, R$ 230 bilhões foram liberados até dezembro do ano passado. O saldo, somado aos retornos obtidos pelas operações do banco, é suficiente para sustentar os desembolsos pelos próximos dois ou três meses.

Ainda de acordo com fontes, o BNDES estava pleiteando um repasse maior, mas o Tesouro tende a fixar, por enquanto, em R$ 30 bilhões o montante do reforço. A queda da indústria começa a afetar o investimento em geral, inclusive em áreas como infraestrutura.

O PSI é dividido em 13 categorias e as taxas atuais variam de 4% ao ano (inovação tecnológica e ônibus elétricos) a 10% ao ano (ônibus e caminhões). Os financiamentos para produção de bens de capital, uma das principais preocupações do banco por representar a própria disposição da indústria de investir, varia entre 6,5% ao ano, para empresas menores, e 8,7% ao ano, para grandes empresas. Na versão anterior, esse porcentual era de 5,5%, para empresas de qualquer porte.

Veja também

Rio de Janeiro - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem fechar o primeiro trimestre do ano abaixo dos R$ 24,9 bilhões registrados no mesmo período de 2011, que por sua vez foi 2% inferior aos primeiros três meses de 2010.

O marasmo da indústria tem sido o principal responsável pelo impacto negativo na demanda e o banco se prepara para reduzir as taxas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI) como forma de incentivar a retomada dos pedidos de financiamento.

A redução das taxas, com anúncio previsto para as próximas semanas, irá variar de acordo com a categoria, mas deve se situar em um intervalo entre um e dois pontos porcentuais. Com isso, alguns segmentos contemplados no PSI devem retornar aos patamares que vigoraram até março do ano passado.

Naquela ocasião, o governo decidiu elevar as taxas e estender o programa até dezembro. Depois, nova prorrogação jogou para dezembro de 2012 o prazo de vigência do PSI, criado emergencialmente em julho de 2009 para estancar os efeitos da crise internacional sobre a indústria brasileira.

O objetivo principal do programa é estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica.


Caso confirmada, a queda nas liberações do BNDES no primeiro trimestre será a segunda para este período desde 2006. O que preocupa técnicos do banco é que o recuo está ocorrendo não apenas em grandes financiamentos, acima de R$ 10 milhões, feitos por meio de operações diretas do banco, como para valores abaixo deste patamar, feitos com a intermediação de outros agentes financeiros. Geralmente, a maior parte dos empréstimos feitos por operações indiretas referem-se à compra de equipamentos.

Sem reversão da situação atual, o banco pode registrar este ano uma queda considerável no nível dos financiamentos, inicialmente estimada entre 10% e 12%, em relação a 2011. Os R$ 30 bilhões que o Tesouro Federal deve repassar ao banco serão utilizados basicamente para custear o PSI. Dos R$ 255 bilhões repassados entre 2009 e 2011, R$ 230 bilhões foram liberados até dezembro do ano passado. O saldo, somado aos retornos obtidos pelas operações do banco, é suficiente para sustentar os desembolsos pelos próximos dois ou três meses.

Ainda de acordo com fontes, o BNDES estava pleiteando um repasse maior, mas o Tesouro tende a fixar, por enquanto, em R$ 30 bilhões o montante do reforço. A queda da indústria começa a afetar o investimento em geral, inclusive em áreas como infraestrutura.

O PSI é dividido em 13 categorias e as taxas atuais variam de 4% ao ano (inovação tecnológica e ônibus elétricos) a 10% ao ano (ônibus e caminhões). Os financiamentos para produção de bens de capital, uma das principais preocupações do banco por representar a própria disposição da indústria de investir, varia entre 6,5% ao ano, para empresas menores, e 8,7% ao ano, para grandes empresas. Na versão anterior, esse porcentual era de 5,5%, para empresas de qualquer porte.

Acompanhe tudo sobre:BNDESDívidas empresariaisFinanciamento de grandes empresasGoverno Dilma

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame