Economia

BM: matérias-primas manterão preços baixos em 2015

Segundo Banco Mundial, nível alto de abastecimento dos mercados manterá em baixa atuais preços de matérias-primas


	Sede do Banco Mundial, Washington: De acordo com o relatório trimestral divulgado sobre a evolução das matérias-primas, os preços do petróleo, metais e alimentos cairam nos primeiros três meses do ano, quando comparados com o final de 2014
 (Win McNamee/Getty Images)

Sede do Banco Mundial, Washington: De acordo com o relatório trimestral divulgado sobre a evolução das matérias-primas, os preços do petróleo, metais e alimentos cairam nos primeiros três meses do ano, quando comparados com o final de 2014 (Win McNamee/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 17h08.

Washington - O alto nível de abastecimento dos mercados manterá em baixa os atuais preços de matérias-primas, do petróleo e de metais ao longo de 2015, afirmou nesta quarta-feira o Banco Mundial (BM).

De acordo com o relatório trimestral divulgado hoje em Washington pelo organismo internacional sobre a evolução das matérias-primas, o preço do petróleo caiu 13%, os metais, 9%, e os alimentos, 7,3%, nos primeiros três meses do ano, quando comparado com o final de 2014.

O preço médio do barril de petróleo no primeiro trimestre de 2015 foi de US$ 51,6, frente aos US$ 74,6 do final de 2014.

Para este ano, a previsão do BM é que se estabilize em um preço médio de US$ 53 dólares, em virtude da alta da demanda nos últimos meses, e subirá levemente até US$ 57 em 2016.

Um dos grandes fatores é o enorme impulso na produção interna nos Estados Unidos, que aumentou em 2014 sua produção diária em um milhão de barris por dia, graças ao "boom" do petróleo de xisto.

"O excesso de produção e a demanda contraída devido à fraqueza econômica global continuam rebaixando os preços das matérias-primas. O arrefecimento nas economias emergentes, somado a um dólar forte, provavelmente manterá um peso sobre os preços", explicou Ayhan Kose, diretor do Grupo de Perspectivas de Desenvolvimento do BM.

No que se refere aos metais, seus preços desceram 9% no primeiro trimestre do ano, arrastados principalmente pela queda da demanda por níquel e minério de ferro da China, que representa quase a metade do consumo global.

Finalmente, o relatório assinala que os alimentos continuaram sua queda com uma baixa de 7,3% no primeiro trimestre, que se situará em 4,2% no total do ano. 

Acompanhe tudo sobre:Banco MundialEnergiaEstados Unidos (EUA)Mercado financeiroPaíses ricosPetróleoPreçosWashington (DC)

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame