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BCE reforça que pode haver mais altas nos juros, sem sinal de cortes à vista

Lagarde enfatizou a possibilidade de mais aperto diante do cenário de cortes de juros em níveis elevados

BCE: Christine Lagarde é a presidente da entidade (Paul Hanna/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 15 de setembro de 2023 às 14h56.

Vários dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) vieram a público nesta sexta-feira, 15, a fim de deixar claro que não estão descartadas novas elevações dos juros pela instituição.

Um dia após o BCE subir os juros, mas seu comunicado ser interpretado por boa parte do mercado como um sinalização de que este seria o ponto final no ciclo de aperto, a comunicação do BC reforça que pode haver ainda mais altas nos juros, a depender do quadro na inflação da zona do euro.

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A própria presidente do BCE, Christine Lagarde, enfatizou a possibilidade de mais aperto durante sua entrevista coletiva da quinta-feira após a decisão. Nesta sexta, ela afirmou a repórteres que os dirigentes não estão discutindo agora cortes nos juros, e notou que eles devem seguir em níveis elevados por períodos "significativamente importantes", sem precisar datas.

Vice do BCE , Luis de Guindos disse que não há meta para quando os juros começarão a cair e minimizou a postura atual dos mercados como "uma aposta", que "pode estar certa ou errada", além de voltar a defender a necessidade de elevar os juros, na quinta inclusive, para garantir que o quadro inflacionário seja controlado.

Entre dirigentes, Martins Kazaks defendeu o nível atual dos juros e não descartou mais elevações. Segundo ele, a zona do euro deve atingir a meta de inflação ao consumidor em 2% no segundo semestre de 2025.

Kazaks ainda advertiu que a precificação do mercado de que haverá cortes nos juros em abril de 2024 é "inconsistente com nosso cenário macro".

O Financial Times ainda reportava que ouviu declarações de três dirigentes da ala hawkish que não descartavam elevar os juros em dezembro, caso a inflação e o salário mantenham força. Nessa linha, Bostjan Vasle afirmou que as próximas decisões almejarão garantir que os juros sigam em nível restritivo o suficiente para a inflação voltar à meta, sem descartar novas altas ainda em 2023.

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