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BCE preparará mais medidas de apoio, caso seja necessário

Em reunião de política monetária, conselho de governadores decidiu manter em 0,05% a taxa básica de juros, mínimo histórico no qual se encontra desde setembro

Mario Draghi: de Draghi são esperadas iniciativas mais audaciosas para melhorar economia da zona do euro (Daniel Roland/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 17h32.

O presidente do Banco Central Europeu ( BCE ), Mario Draghi , declarou nesta quinta-feira que o conselho de governadores pediu aos funcionários da instituição que preparem novas medidas de apoio à economia, caso seja necessário aplicá-las.

Em uma reunião mensal de política monetária, o conselho de governadores decidiu manter em 0,05% sua taxa básica de juros, um mínimo histórico no qual se encontra desde setembro, como parte do pacote de estímulo à economia do euro.

A decisão cumpriu as expectativas. De Draghi são esperadas iniciativas mais audaciosas para melhorar a economia da zona do euro, que não cresceu no segundo trimestre, continua com um desemprego alto (11,5% em setembro) e, acima de tudo, pode entrar em deflação (os preços subiram somente 0,4% em outubro).

Nesta quinta, Draghi declarou que o conselho acaba de pedir aos funcionários da instituição que preparem novas medidas, caso sejam necessárias.

No momento, a cotação do euro está em queda, no patamar de 1,24 dólar por unidade.

"O conselho confiou a elaboração de novas medidas ao 'staff' do BCE e aos comitês competentes do eurossistema, caso sejam necessárias", disse Draghi na coletiva de imprensa mensal em Frankfurt.

Draghi reiterou que os banqueiros centrais continuam sendo "unânimes em sua determinação de empregar outras medidas não convencionais", além das que já foram postas em práticas, "caso seja necessário".

O funcionário fez essa afirmação diversas vezes nos últimos meses. A novidade agora é que, segundo ele, "demos um passo além, avançando na preparação concreta dessas medidas".

A aplicação dessas medidas depende de duas condições: que as medidas já aplicadas tenham resultado inúteis e que piorem as perspectivas de evolução dos preços.

Em junho e setembro, o BCE implementou um programa de empréstimos de longo prazo, muito baratos, para os bancos da zona do euro.

Também começou um programa de compra de ativos financeiros, para melhorar o crédito ao setor privado e, por extensão, estimular a atividade econômica.

A grande pergunta é se o BCE decidirá comprar títulos de empresas.

O tempo corre para o instituto emissor, considerando-se os dados macroeconômicos e as últimas previsões da Comissão Europeia.

Na terça-feira, o Executivo europeu reduziu em quatro décimos sua previsão de crescimento para este ano, a 0,8%, e em seis décimos a projeção de 2015, a 1,1%.

No que se refere à inflação, espera-se uma taxa de 0,5% nesse ano, e de 0,8%, no ano que vem.

Nesta quinta, a OCDE pediu à instituição que reforce sua política de apoio à economia e mencionou a opção de compra dos títulos da dívida pública, como fez o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).

Até agora, o BCE havia se negado a comprar bônus dos Estados, pela oposição de alguns países, como a Alemanha.

Hoje, Draghi lembrou que a instituição atuará "dentro dos limites" de seu mandato, que o proíbe de financiar diretamente os Estados.

Alguns limites que não convencem todos os mercados financeiros.

"Continuamos pensando que (as medidas já anunciadas) podem não ser suficientes para reativar a economia e eliminar os riscos de deflação", afirmou Jennifer McKeown, analista da Capital Economics.

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O presidente do Banco Central Europeu ( BCE ), Mario Draghi , declarou nesta quinta-feira que o conselho de governadores pediu aos funcionários da instituição que preparem novas medidas de apoio à economia, caso seja necessário aplicá-las.

Em uma reunião mensal de política monetária, o conselho de governadores decidiu manter em 0,05% sua taxa básica de juros, um mínimo histórico no qual se encontra desde setembro, como parte do pacote de estímulo à economia do euro.

A decisão cumpriu as expectativas. De Draghi são esperadas iniciativas mais audaciosas para melhorar a economia da zona do euro, que não cresceu no segundo trimestre, continua com um desemprego alto (11,5% em setembro) e, acima de tudo, pode entrar em deflação (os preços subiram somente 0,4% em outubro).

Nesta quinta, Draghi declarou que o conselho acaba de pedir aos funcionários da instituição que preparem novas medidas, caso sejam necessárias.

No momento, a cotação do euro está em queda, no patamar de 1,24 dólar por unidade.

"O conselho confiou a elaboração de novas medidas ao 'staff' do BCE e aos comitês competentes do eurossistema, caso sejam necessárias", disse Draghi na coletiva de imprensa mensal em Frankfurt.

Draghi reiterou que os banqueiros centrais continuam sendo "unânimes em sua determinação de empregar outras medidas não convencionais", além das que já foram postas em práticas, "caso seja necessário".

O funcionário fez essa afirmação diversas vezes nos últimos meses. A novidade agora é que, segundo ele, "demos um passo além, avançando na preparação concreta dessas medidas".

A aplicação dessas medidas depende de duas condições: que as medidas já aplicadas tenham resultado inúteis e que piorem as perspectivas de evolução dos preços.

Em junho e setembro, o BCE implementou um programa de empréstimos de longo prazo, muito baratos, para os bancos da zona do euro.

Também começou um programa de compra de ativos financeiros, para melhorar o crédito ao setor privado e, por extensão, estimular a atividade econômica.

A grande pergunta é se o BCE decidirá comprar títulos de empresas.

O tempo corre para o instituto emissor, considerando-se os dados macroeconômicos e as últimas previsões da Comissão Europeia.

Na terça-feira, o Executivo europeu reduziu em quatro décimos sua previsão de crescimento para este ano, a 0,8%, e em seis décimos a projeção de 2015, a 1,1%.

No que se refere à inflação, espera-se uma taxa de 0,5% nesse ano, e de 0,8%, no ano que vem.

Nesta quinta, a OCDE pediu à instituição que reforce sua política de apoio à economia e mencionou a opção de compra dos títulos da dívida pública, como fez o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).

Até agora, o BCE havia se negado a comprar bônus dos Estados, pela oposição de alguns países, como a Alemanha.

Hoje, Draghi lembrou que a instituição atuará "dentro dos limites" de seu mandato, que o proíbe de financiar diretamente os Estados.

Alguns limites que não convencem todos os mercados financeiros.

"Continuamos pensando que (as medidas já anunciadas) podem não ser suficientes para reativar a economia e eliminar os riscos de deflação", afirmou Jennifer McKeown, analista da Capital Economics.

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