Economia

BCE pede à Alemanha que use ferramentas fiscais para estimular crescimento

Para Villeroy, do BCE, dívida pública da zona do euro é menor do que a dos Estados Unidos e do Japão, o que garante mais estímulos fiscais

Europa: escalada nas disputas comerciais desacelerou o comércio global e os efeitos são "muito agudos" na Alemanha (omersukrugoksu/Getty Images)

Europa: escalada nas disputas comerciais desacelerou o comércio global e os efeitos são "muito agudos" na Alemanha (omersukrugoksu/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 10h08.

Tóquio — Países da zona do euro com espaço fiscal, como a Alemanha, deveriam usá-lo para promover o crescimento em uma região afetada pela guerra comercial global, afirmou nesta quinta-feira uma autoridade do Banco Central Europeu, François Villeroy de Galhau.

A escalada nas disputas comerciais desacelerou o comércio global e os efeitos são "muito agudos" na Alemanha, que é dependente de exportação, disse Villeroy, que também é presidente do banco central francês.

A dívida pública da zona do euro é menor do que a dos Estados Unidos e do Japão, então a região pode empregar mais estímulos fiscais do que vem usando, afirmou.

"Os países com espaço fiscal devem usá-lo rapidamente, ainda mais quando sofrem um choque assimétrico, como a Alemanha", disse Villeroy ao fórum internacional Europlace, em Tóquio. "Aqueles com alta dívida pública devem tornar suas finanças públicas mais favoráveis ao crescimento".

Sob sua nova presidente, Christine Lagarde, o BCE pode conduzir uma revisão estratégica de suas políticas, incluindo a relação entre políticas monetárias e macroprudenciais, disse Villeroy.

Uma "coordenação suave" entre as duas pode ser "mais promissora" do que a abordagem convencional de separá-las, disse Villeroy, já que as ferramentas macroprudenciais têm limitações para lidar com as crescentes preocupações acerca da estabilidade financeira.

Acompanhe tudo sobre:BCEEstados Unidos (EUA)Zona do Euro

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025