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BCE mantém as taxas de juros em 1%, desde 2009

Frankfurt, Alemanha - O Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje manter os juros básicos na zona do euro em 1%, o menor nível histórico desde maio do ano passado. A instituição europeia informou em Frankfurt que também deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos, em 1,75%. Por sua vez, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Frankfurt, Alemanha - O Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje manter os juros básicos na zona do euro em 1%, o menor nível histórico desde maio do ano passado.

A instituição europeia informou em Frankfurt que também deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos, em 1,75%.

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Por sua vez, o BCE manteve em 0,25% a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais.

Os mercados já esperavam por esta decisão e vão prestar bastante atenção aos comentários do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, sobre a situação dos bancos comerciais da zona do euro e o programa de compra de dívida pública.

O comitê de política monetária do Banco da Inglaterra também deixou inalterada sua taxa em 0,5%.

Na semana passada, o Riksbank (Banco Central da Suécia) subiu as taxas de juros um quarto de ponto, a 0,5%, para alcançar a meta de inflação de 2% e um desenvolvimento sustentável da economia real.

O BCE cortou sua taxa em 3,25 pontos percentuais entre outubro de 2008 e maio de 2009 para 1%.

A maior parte dos analistas prevê que a entidade monetária europeia deve deixar inalteradas as taxas de juros neste nível até o segundo semestre do próximo ano.


Nos EUA, os juros se situam atualmente entre 0% e 0,25% e no Japão em 0,1%.

As tensões nos mercados financeiros, sobretudo nos mercados de câmbio, continuarão durante algum tempo devido à crise de endividamento público na zona do euro, segundo prevê o analista de Commerzbank Michael Schubert.

Estas tensões, no entanto, não terão o alcance das que surgiram após a quebra de Lehman Brothers.

Schubert acrescentou que os riscos globais percebidos permaneceram em nível elevado desde o início de maio, pelo temor de contágio dos problemas de endividamento soberano de alguns países a outros.

O pacote de resgate aprovado pelos Governos europeus e o BCE, de 750 bilhões de euros, parece ter influenciado pouco na percepção de risco dos investidores e apenas teve um efeito tranquilizador.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a previsão de crescimento de 1% para a zona do euro para 2010, mas reduziu em dois décimos as previsões para 2011, até 1,3%.

A incerteza sobre o desempenho da economia da zona do euro obrigou ao BCE frear a estratégia de saída das medidas extraordinárias aplicadas durante a crise para facilitar liquidez aos mercados.

A partir das 9h30 (de Brasília), Trichet, dará mais detalhes das deliberações do conselho de Governo em entrevista coletiva em Frankfurt, que também será transmitida ao vivo pela página de internet da entidade em inglês, alemão e francês.

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