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BCE ainda tem margem para agir, diz presidente do BC alemão

Jens Weidmann afirmou que o Banco Central Europeu ainda está apto a tomar mais medidas para lidar com a crise da zona do euro

Jens Weidmann, presidente do banco central alemão: "política monetária ainda é capaz de agir. Não há dúvida de que devemos ficar de olho nos riscos de taxas de juros reais negativas", disse (Alex Domanski/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 10h10.

 Berlim - O presidente do banco central da <a href="https://exame.com/noticias-sobre/alemanha" target="_blank"><strong>Alemanha</strong></a>, Jens Weidmann, afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) ainda está apto a tomar mais medidas de política para lidar com a crise da zona do euro, mesmo após o banco ter cortado sua taxa básica de juros na semana passada, de acordo com um jornal alemão nesta quinta-feira.</p> 

O BCE reduziu sua taxa referencial para 0,5 por cento na última quinta-feira, e o presidente do banco, Mario Draghi, disse que a instituição vai monitorar de perto os dados e que estará preparada para reduzir mais as taxas, incluindo a taxa de depósitos, atualmente em zero.

Questionado se o BCE já esgotou todos os recursos, Weidmann disse ao jornal alemão Westdeutsche Allgemeine Zeitung: "A política monetária ainda é capaz de agir. Não há dúvida de que devemos ficar de olho nos riscos de taxas de juros reais negativas." Weidmann, um defensor do mandato do BCE de conter a inflação, disse que o banco está certo em perseguir uma política monetária bem expansiva, dada a perspectiva econômica fraca na zona do euro e a inflação em queda.

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Mas ele alertou: "É importante que a taxa de juros seja rapidamente normalizada quando a situação melhorar. Uma taxa de juros baixa certamente não é uma solução permanente." Weidmann reiterou a sua visão de que os efeitos de cortar a principal taxa de refinanciamento "não devem ser superestimados no momento".

Weidmann, membro do Conselho Diretor do BCE, também afirmou que os países europeus não devem abrandar as reformas, e questionou se algum pacote de estímulo para atacar o alto desemprego dos jovens irá criar empregos sustentáveis.

O presidente do BC alemão disse que apenas empresas competitivas e uma economia saudável irão oferecer perspectivas de longo prazo aos jovens.

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