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BC muda compulsório e libera R$8,2 bi ao sistema bancário

Roberto Campos Neto já havia ressaltado que há espaço para mudanças no compulsório; medida aumenta reservas dos bancos disponíveis para crédito

Última investida nesse sentido foi feita em novembro de 2018, ainda pela gestão do ex-presidente Ilan Goldfajn (Gil Ferreira/Agência CNJ/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2019 às 20h17.

Brasília — O Banco Central anunciou nesta quinta-feira nova mudança para o recolhimento de compulsórios, prevendo com isso a liberação de 8,2 bilhões de reais no sistema financeiro com efeitos já no início do segundo semestre.

Na prática, o menor recolhimento de compulsório dá amparo para que os bancos possam emprestar maior parcela das suas reservas. A simplificação dos compulsórios também diminui o custo financeiro das instituições.

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O depósito compulsório é um dos instrumentos que o Banco Central tem para controlar a quantidade de dinheiro circulando na economia. Devido a ele, os bancos são obrigados a depositarem parte de suas reservas no BC. A quantidade varia conforme os objetivos da política monetária.

A alteração vai entrar em vigor no dia 1º de julho, com efeitos financeiros a partir do dia 15 de julho, acrescentou o BC.

O presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto , já vinha ressaltando em suas falas públicas que havia espaço para mais mudanças no compulsório, mas num processo gradual e que não teria impacto tão grande para a redução do spread bancário no país.

No fim de fevereiro, ele afirmou que, do volume total de 500 bilhões de reais de recolhimento, 80 bilhões já tinham sido liberados, mostrando a existência de espaço para o BC "remodelar mais o compulsório".

A última investida nesse sentido foi feita em novembro de 2018, ainda pela gestão do ex-presidente Ilan Goldfajn, quando o BC estimou que 2,7 bilhões de reais seriam liberados no sistema após uma série de ajustes nas regras sobre recolhimento compulsório de recursos à vista e a prazo.

Segundo o BC, a decisão desta quinta-feira faz parte de seu "trabalho contínuo de revisão das normas de recolhimento compulsório, com o objetivo de simplificar e racionalizar suas regras e reduzir os custos de observância das instituições sujeitas ao compulsório".

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