Economia

BC já negocia com mercado dólar acima de R$ 4,25

As operações são uma combinação de leilão spot, cujo valor de venda pelo BC foi a Ptax de R$ 4,125400, e de leilão a termo


	Banco Central: as operações são uma combinação de leilão spot, cujo valor de venda pelo BC foi a Ptax de R$ 4,125400, e de leilão a termo.
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Banco Central: as operações são uma combinação de leilão spot, cujo valor de venda pelo BC foi a Ptax de R$ 4,125400, e de leilão a termo. (Andrew Harrer/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 12h39.

Brasília - O Banco Central já negociou na manhã desta terça-feira, 29, com o mercado, em seus leilões de linha, uma cotação de dólar acima de R$ 4,25.

As operações são uma combinação de leilão spot, cujo valor de venda pelo BC foi a Ptax de R$ 4,125400, e de leilão a termo.

Na recompra a ser feita pela instituição em 2 de dezembro deste ano, foi definido que o diferencial entre as taxas será de 8,6500 pontos, o que significa uma cotação de R$ 4,2119. O valor a ser pago pelo dólar na recompra leva em conta o prazo da operação.

Até por conta disso, a segunda operação feita hoje, e que tem vencimento em 4 de janeiro de 2016, o diferencial foi maior, de 12,8536 pontos. Considerando a mesma Ptax como câmbio de partida, o negócio leva o BC a fazer a recompra na ocasião em R$ 4,2539.

Desde que voltou a oferecer os leilões de linha, às vésperas do rebaixamento do país pela agência de classificação Standard & Poor's, o BC ampliou o prazo dos "empréstimos" em dólar e, até por conta desse alongamento, também aceitou pagar um diferencial maior no momento da recompra.

Essas diferenças bruscas de tempo e cotação em um prazo relativamente pequeno refletem o momento de tensão que tem sido visto nos mercados recentemente, em especial o de câmbio.

No primeiro leilão de venda de dólares com compromisso de recompra pelo BC, em 8 de setembro, o prazo mais curto (da operação A) foi 4 de novembro deste ano. Nos leilões seguintes, esse tempo foi sendo ampliado até chegar a setembro do ano que vem.

Ao comparar especificamente as operações com o mesmo vencimento, de 2 de dezembro deste ano, é possível ver que a taxa de corte dos negócios do dia 8 ficou em R$ 3,90800. Em praticamente 20 dias, essa cotação saltou para R$ 4,2119 pelo mesmo período de tempo.

Já a tranche que teve como referência o prazo de 4 de janeiro de 2016, foi negociada a R$ 4,014446 em 10 de setembro; ao diferencial de 12,33 pontos (R$ 4,0433) no dia 24, e hoje ao diferencial de 12,8536 pontos (R$ 4,2539).

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarLeilõesMercado financeiroMoedas

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito