Economia

BC faz mais um leilão de swap cambial para conter dólar

Banco Central deu continuidade ao programa de leilões diários de dólares, negociando um total de US$ 498,1 milhões


	Notas de dólar: segundo o BC, leilões vão se estender, pelo menos, até 31 de dezembro de 2013, e podem totalizar US$ 60 bilhões
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Notas de dólar: segundo o BC, leilões vão se estender, pelo menos, até 31 de dezembro de 2013, e podem totalizar US$ 60 bilhões (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 10h54.

Brasília – O Banco Central (BC) deu continuidade ao programa de leilões diários de dólares. No leilão de hoje (27) de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, foram negociados todos os 10 mil contratos ofertados, no total de US$ 498,1 milhões. A data de vencimento dos contratos é 2 de dezembro de 2013.

No último dia 22, o BC anunciou que faria leilões de swap cambial de segunda a quinta-feira, com oferta de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido ao mercado o crédito de até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra. Na última sexta-feira (23), foi feito o primeiro leilão dessa programação.

Segundo o BC, esse programa se estenderá, pelo menos, até 31 de dezembro de 2013, e pode totalizar US$ 60 bilhões. A autoridade monetária informou ainda que poderá fazer operações adicionais, se julgar apropriado.

Segundo pesquisa do BC com instituições financeiras, o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 2,32. Para a instituição, o anúncio prévio dessas operações ajuda a aumentar o horizonte de planejamento dos agentes econômicos e a reduzir as oscilações da cotação do câmbio. A programação de leilões diários é pouco usual. A ação do BC lembra o período de tensão pré-eleitoral, em 2002. Naquele ano, o banco fez intervenções diárias chamadas de “rações diárias” no mercado.

A alta da moeda no país é reflexo da intenção do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de reduzir os estímulos monetários. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

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