Exame Logo

BC está aparelhado para manter estabilidade, diz Tombini

Tombini ressaltou que o Banco Central está atuando desde abril do ano passado, num processo de alta de juros que já elevou a Selic em 375 pontos-base

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: "Temos trabalhado para a inflação permanecer sob controle, com convergência à meta" (Goh Seng Chong/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 15h44.

São Paulo - O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini , ressaltou que o "BC está aparelhado para manter a estabilidade monetária à frente", como já vem desempenhando. "Em havendo alguma ou outra distorção, vamos trabalhar para corrigi-la", destacou.

Tombini ressaltou que o BC está atuando desde abril do ano passado, num processo de alta de juros que já elevou a Selic em 375 pontos-base.

"Temos trabalhado para a inflação permanecer sob controle, com convergência à meta", destacou.

Ele lembrou que na política monetária os "impactos são cumulativos e têm defasagens até tocar de forma mais visível na inflação."

"Temos que perseverar nosso trabalho de assegurar a estabilidade", destacou o presidente do BC.

O presidente do BC diz que tem visto "algum progresso" e que a inflação deve continuar recuando. "Estamos trabalhando para trazer a inflação para um nível mais baixo", alegou.

Ele foi perguntado se a inflação não estaria elevada demais, pois aparentemente o teto de 6,5% teria se tornado a meta. Tombini foi enfático em sua resposta.

"Não há nada que nos leve a ter uma inflação no Brasil no teto da meta", disse. "Não há nenhuma predestinação a termos inflação mais alta que o centro da meta", ponderou.

Ele explicou que a política monetária tem enfrentado desafios, como um mudança de preços relativos e o choque de alimentos.

Os comentários foram feitos em evento que celebra os 55 anos da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria, que ocorre em São Paulo.

Flexibilidade

Tombini afirmou que BC tem sido uma voz nas discussões internacionais e que tem colocado a ideia de que esse processo de normalização da economia deve ser flexível, "no sentido de que se a economia não está se recuperando, pode ser ajustada ao longo do processo", afirmou.

Ele disse ainda ver a situação da economia norte-americana em "condições melhores" atualmente. "E as informações apontam para recuperação mais firme", afirmou.

Ele ressaltou também a situação europeia e disse que apesar do cenário de recuperação não ser homogêneo e ainda ter riscos, há uma perspectiva de crescimento positivo para este ano.

"(os riscos) podem trazer alguma volatilidade, mas a economia europeia mostra recuperação maior", afirmou.

Laços

Tombini afirmou que as economias do Brasil e da China intensificaram muito os seus laços nos últimos anos e que a economia brasileira é relativamente fechada.

"As exportações brasileiras para a China compõem cerca de 17% do total, isso representa menos de 2% do PIB brasileiro", disse.

Segundo Tombini, a China é um ponto de observação importante, pois cresce em torno de 7% a 7,5% e vive uma transição interna do lado da oferta, "para uma economia com mais ênfase no consumo".

"A China crescendo 7% hoje contribui mais com o crescimento mundial do que no início deste século, quando crescia 10%", afirmou. "Isso é uma boa notícia."

O quadro internacional de uma forma geral, segundo Tombini, é liquidamente positivo, pois a economia global vai crescer no futuro e haverá mais comércio internacional.

"Há perspectiva de que o comércio internacional crescerá em torno de 4% neste ano e de 5,5% em 2015", afirmou.

Tombini argumentou que o Brasil tem uma capacidade de enfrentamento neste cenário, pois acumulou, nos últimos dez anos, um colchão de liquidez de US$ 378 bilhões.

"E temos liquidez em moeda local, em depósito compulsório, na faixa de R$ 400 bilhões."

Segundo ele, as reservas foram estratégias adotadas pelo país "não só para aproveitar os bons tempos, mas para se preparar para os tempos mais difíceis".

Veja também

São Paulo - O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini , ressaltou que o "BC está aparelhado para manter a estabilidade monetária à frente", como já vem desempenhando. "Em havendo alguma ou outra distorção, vamos trabalhar para corrigi-la", destacou.

Tombini ressaltou que o BC está atuando desde abril do ano passado, num processo de alta de juros que já elevou a Selic em 375 pontos-base.

"Temos trabalhado para a inflação permanecer sob controle, com convergência à meta", destacou.

Ele lembrou que na política monetária os "impactos são cumulativos e têm defasagens até tocar de forma mais visível na inflação."

"Temos que perseverar nosso trabalho de assegurar a estabilidade", destacou o presidente do BC.

O presidente do BC diz que tem visto "algum progresso" e que a inflação deve continuar recuando. "Estamos trabalhando para trazer a inflação para um nível mais baixo", alegou.

Ele foi perguntado se a inflação não estaria elevada demais, pois aparentemente o teto de 6,5% teria se tornado a meta. Tombini foi enfático em sua resposta.

"Não há nada que nos leve a ter uma inflação no Brasil no teto da meta", disse. "Não há nenhuma predestinação a termos inflação mais alta que o centro da meta", ponderou.

Ele explicou que a política monetária tem enfrentado desafios, como um mudança de preços relativos e o choque de alimentos.

Os comentários foram feitos em evento que celebra os 55 anos da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria, que ocorre em São Paulo.

Flexibilidade

Tombini afirmou que BC tem sido uma voz nas discussões internacionais e que tem colocado a ideia de que esse processo de normalização da economia deve ser flexível, "no sentido de que se a economia não está se recuperando, pode ser ajustada ao longo do processo", afirmou.

Ele disse ainda ver a situação da economia norte-americana em "condições melhores" atualmente. "E as informações apontam para recuperação mais firme", afirmou.

Ele ressaltou também a situação europeia e disse que apesar do cenário de recuperação não ser homogêneo e ainda ter riscos, há uma perspectiva de crescimento positivo para este ano.

"(os riscos) podem trazer alguma volatilidade, mas a economia europeia mostra recuperação maior", afirmou.

Laços

Tombini afirmou que as economias do Brasil e da China intensificaram muito os seus laços nos últimos anos e que a economia brasileira é relativamente fechada.

"As exportações brasileiras para a China compõem cerca de 17% do total, isso representa menos de 2% do PIB brasileiro", disse.

Segundo Tombini, a China é um ponto de observação importante, pois cresce em torno de 7% a 7,5% e vive uma transição interna do lado da oferta, "para uma economia com mais ênfase no consumo".

"A China crescendo 7% hoje contribui mais com o crescimento mundial do que no início deste século, quando crescia 10%", afirmou. "Isso é uma boa notícia."

O quadro internacional de uma forma geral, segundo Tombini, é liquidamente positivo, pois a economia global vai crescer no futuro e haverá mais comércio internacional.

"Há perspectiva de que o comércio internacional crescerá em torno de 4% neste ano e de 5,5% em 2015", afirmou.

Tombini argumentou que o Brasil tem uma capacidade de enfrentamento neste cenário, pois acumulou, nos últimos dez anos, um colchão de liquidez de US$ 378 bilhões.

"E temos liquidez em moeda local, em depósito compulsório, na faixa de R$ 400 bilhões."

Segundo ele, as reservas foram estratégias adotadas pelo país "não só para aproveitar os bons tempos, mas para se preparar para os tempos mais difíceis".

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralEconomistasEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoMercado financeiroPersonalidadesPolítica monetáriaSelic

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame