Economia

BC do Japão mantém meta de base monetária e muda estímulos

Como era amplamente esperado, o Banco do Japão manteve intacta sua meta política de aumentar o dinheiro e depósitos em circulação em 80 trilhões de ienes


	Shinzo Abe: planos do primeiro-ministro são de incentivar as companhias a impulsionar os salários e investimentos
 (Toru Hanai/Reuters)

Shinzo Abe: planos do primeiro-ministro são de incentivar as companhias a impulsionar os salários e investimentos (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 08h23.

Tóquio - O banco central do Japão manteve nesta sexta-feira sua direção de impressão de dinheiro ao nível atual, mas reorganizou seu programa de estímulos gigante para avançar com os planos do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de incentivar as companhias a impulsionar os salários e investimentos.

Como era amplamente esperado, o Banco do Japão manteve intacta sua meta política de aumentar o dinheiro e depósitos em circulação em 80 trilhões de ienes (660 bilhões de dólares) e o ritmo em que compra títulos do governo e que fundos investem em ações e propriedades.

Mas ele decidiu ampliar a duração dos títulos do governo japonês que ele compra de 10 para 12 anos a partir de 2016 e estabelecer um fundo de 300 bilhões de ienes para comprar fundos de índices (ETFs, na sigla em inglês) que visam especificamente que as empresas gastem mais em investimento de capital e salários.

O presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, disse que os pequenos aperfeiçoamentos vão permitir que o banco sustente ou mesmo expanda os estímulos mais facilmente, dispensando as visões de alguns investidores de que eles foram tomados para evitar medidas mais drásticas enquanto seu programa de compra de títulos está secando a liquidez do mercado.

Mas os preços das ações em Tóquio despencaram com os mercados vendo nas novas medidas um retorno do estilo de política monetária adicional que Kuroda disse que abandonou quando lançou seu programa de estímulos em 2013.

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