Economia

BC do Japão alerta mercado sobre riscos geopolíticos

Presidente do BC japonês disse que a recuperação econômica global estava se tornando mais ampla com o crescimento do comércio e da produção industrial

Haruhiko Kuroda: presidente do BC japonês disse que a recuperação econômica global estava se tornando mais ampla com o crescimento do comércio e da produção industrial (Toru Hanai/Reuters)

Haruhiko Kuroda: presidente do BC japonês disse que a recuperação econômica global estava se tornando mais ampla com o crescimento do comércio e da produção industrial (Toru Hanai/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 11h04.

Washington - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, alertou no domingo que os investidores podem estar sendo complacentes com os riscos geopolíticos que podem desencadear uma turbulência nos mercados financeiros e interromper a recuperação econômica global.

O otimismo sobre a economia global impulsionou os preços das ações mundiais para máximas de várias décadas, com os investidores menosprezando em grande parte os riscos geopolíticos como a crescente tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.

Falando em um seminário do G30, Kuroda disse que a recuperação econômica global estava se tornando mais ampla com o crescimento do comércio e da produção industrial, estimulando as despesas de capital e o consumo privado.

Mas ele disse que as autoridades devem estar atentas aos fatores que podem deixar as perspectivas menos claras, como a queda de produtividade, a inflação fraca em muitas economias avançadas e os riscos geopolíticos.

"Até agora, o aumento dos riscos geopolíticos não levou a uma séria aversão ao risco no mercado. As valorizações de ativos permanecem elevadas, com a volatilidade em níveis historicamente baixos", disse Kuroda.

"A estabilidade nos mercados financeiros é uma boa notícia. Mas existe a possibilidade de os operadores estarem sendo complacentes e não avaliarem corretamente os riscos, o que requer atenção", afirmou.

Quanto ao Japão, Kuroda disse que "alcançar nossa meta de inflação de 2 por cento ainda está muito distante. O Banco do Japão vai persistir com o afrouxamento monetário agressivo, visando alcançar seu objetivo o mais cedo possível."

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