Economia

BC destaca papel do câmbio para controle da inflação

Logo no início da entrevista, diretor de Política Econômica do BC destacou que o câmbio tem seguido uma trajetória inversa à sinalizada no cenário de mercado


	Carlos Hamilton Araújo: diretor chegou a comentar que tinha recebido informações de que taxa de câmbio estava cedendo bastante naquele momento
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carlos Hamilton Araújo: diretor chegou a comentar que tinha recebido informações de que taxa de câmbio estava cedendo bastante naquele momento (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 15h50.

Brasília - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, deu grande ênfase, ao longo de toda a entrevista sobre o Relatório Trimestral de Inflação, nesta quinta-feira, 27, aos efeitos da queda da taxa de câmbio para o controle da inflação.

Durante a entrevista, o diretor chegou a comentar que tinha recebido informações de que a taxa de câmbio estava cedendo bastante naquele momento, o que era favorável para a inflação.

Mais cedo, logo no início da entrevista, Hamilton Araújo destacou que o câmbio tem seguido uma trajetória inversa à sinalizada no cenário de mercado, que prevê o dólar a R$ 2,48 ao fim de 2014 e a R$ 2,54 ao fim de 2015.

"Hoje o dólar está em torno de R$ 2,30. Ainda está um pouco distante do cenário de mercado", afirmou.

No final da entrevista, o diretor do BC voltou a tocar no tema cambial. Ele destacou que a depreciação cambial dos últimos anos em "alguma medida" está impactando a inflação junto com o choque de alimentos do início do ano. Mas, em seguida, reforçou que a inflação tende a ceder com as ações de política monetária.

Ele evitou falar em risco de racionamento de energia elétrica: "Nosso foco é inflação. Então, estamos nos atentando à projeção de inflação de 9,5% para eletricidade, considerando as condições de oferta e demanda".

Câmbio mudou

Hamilton Araújo explicou que a autoridade monetária considerou no relatório de inflação divulgado hoje uma taxa de câmbio diferente da usada na última reunião do Copom, porque "o câmbio mudou" nesse período. "

Sempre consideramos a taxa de câmbio média em um período anterior à data de corte do relatório. E no Copom usamos a taxa média que prevaleceu na semana anterior à reunião", detalhou. O câmbio considerado no Copom foi de R$ 2,40, enquanto o RTI considerou uma taxa de R$ 2,35.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralInflaçãoMercado financeiro

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação