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BC da Rússia reafirma independência após corte de juros

Em meio a reclamações de que os juros estão atrapalhando os negócios, o banco disse que seus diretores são os responsáveis pelas decisões de política monetária

Rússia: "decisões sobre o nível da taxa básica são de competência exclusiva da diretoria do banco central", disse a instituição (Alexander Nemenov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 10h00.

Moscou - O Banco da Rússia reafirmou sua independência após sua decisão de reduzir os juros no país suscitar receios de que a instituição esteja sob influência do Kremlin, de empresários da indústria e de banqueiros.

Em meio a reclamações de que os juros elevados estão atrapalhando os negócios no país, o banco disse que seus diretores são os únicos responsáveis pelas decisões de política monetária .

"O Banco da Rússia leva em consideração as perspectivas de empresas, do governo e da comunidade acadêmica", afirmou a instituição, em nota. "Mas as decisões sobre o nível da taxa básica são de competência exclusiva da diretoria do banco central".

O comentário foi feito ao Wall Street Journal na sexta-feira, após o anúncio da decisão. Na data, o BC russo decidiu reduzir sua principal taxa de juros a 15% ao ano, de 17%. O corte foi feito semanas após a autoridade monetária elevar a taxa em 6,5 ponto porcentual. Segundo comunicado divulgado com a decisão, o banco central do país afirma que a redução foi feita porque o aperto monetário ainda seria suficiente para conter a inflação.

Entretanto, investidores e analistas afirmam que o movimento inesperado levanta dúvidas sobre a capacidade do banco central de suportar a pressão do Kremlin e de interesses domésticos poderosos para ajudar o crescimento econômico com a oferta mais barata de crédito, ainda que às custas da inflação e da pressão sobre o rublo.

Segundo o economista-chefe do HSBC em Moscou, Alexander Morozov, as autoridades monetárias da Rússia precisam ser "cautelosas com sua política para os juros e se abster de relaxá-la ainda mais", já que há sinais evidentes de tendências inflacionárias na economia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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"O Banco da Rússia leva em consideração as perspectivas de empresas, do governo e da comunidade acadêmica", afirmou a instituição, em nota. "Mas as decisões sobre o nível da taxa básica são de competência exclusiva da diretoria do banco central".

O comentário foi feito ao Wall Street Journal na sexta-feira, após o anúncio da decisão. Na data, o BC russo decidiu reduzir sua principal taxa de juros a 15% ao ano, de 17%. O corte foi feito semanas após a autoridade monetária elevar a taxa em 6,5 ponto porcentual. Segundo comunicado divulgado com a decisão, o banco central do país afirma que a redução foi feita porque o aperto monetário ainda seria suficiente para conter a inflação.

Entretanto, investidores e analistas afirmam que o movimento inesperado levanta dúvidas sobre a capacidade do banco central de suportar a pressão do Kremlin e de interesses domésticos poderosos para ajudar o crescimento econômico com a oferta mais barata de crédito, ainda que às custas da inflação e da pressão sobre o rublo.

Segundo o economista-chefe do HSBC em Moscou, Alexander Morozov, as autoridades monetárias da Rússia precisam ser "cautelosas com sua política para os juros e se abster de relaxá-la ainda mais", já que há sinais evidentes de tendências inflacionárias na economia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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