Bank of China: ação mais forte de cortar as reservas bancárias forneceria uma proteção contra qualquer choque das reformas financeiras que o banco central deve promover ao longo deste ano (Liu Jin/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 09h17.
Pequim - O banco central da China está preparado para tomar uma ação mais forte desde 2012 para afrouxar a política monetária se o crescimento econômico desacelerar mais, reduzindo o volume de dinheiro que os bancos têm que manter como reservas, disseram fontes envolvidas nas discussões internas de política.
O gatilho para o corte seria a queda da taxa de crescimento para abaixo de 7,5 por cento e na direção de 7,0 por cento, disseram as fontes, e viria além de operações no mercado monetário e intervenções cambiais via bancos estatais que operadores dizem que já afrouxaram as condições monetárias.
Além de dar sustentação à economia, a ação mais forte de cortar as reservas bancárias forneceria uma proteção contra qualquer choque das reformas financeiras que o banco central deve promover ao longo deste ano, incluindo a ampliação da banda de negociação do iuan para dar à moeda mais espaço para subir ou cair a cada dia e a concessão aos bancos de mais espaço para determinar as taxas de depósito.
"A economia enfrenta grande pressão", disse um economista sênior do Centro Estatal de Informação, instituto de pesquisa afiliado à Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal agência de planejamento econômico do país.
"Cortar a taxa de compulsório é provável se o crescimento econômico desacelerar mais. Mas eles ainda podem ter que esperar e ver os dados econômicos do primeiro trimestre", disse o economista, que pediu anonimato, usando o nome oficial para as reservas bancárias.
A preocupação é que as reformas financeiras podem pesar em uma economia já em desaceleração, então o banco central estará preparado para liberar algum dinheiro por meio da redução das reservas bancárias, disseram as fontes em importantes institutos governamentais.
Economistas privados suspeitam que o BC possa estar disposto a cortar a taxa de compulsório, mas as fontes deram a primeira confirmação de que o BC está discutindo tal opção.
Desde maio de 2012, os principais bancos têm que manter um quinto de seu dinheiro como reservas.