Economia

BC britânico tem divisão sobre juros pela 1ª vez em 3 anos

Duas autoridades votaram inesperadamente pelo aperto da política monetária, em uma ação que renova a especulação sobre aumento dos juros em 2014


	Banco Central britânico: Martin Weale e Ian McCafferty votaram pela elevação da taxa de juros de para 0,75%
 (Adrian Pingstone/Wikimedia Commons)

Banco Central britânico: Martin Weale e Ian McCafferty votaram pela elevação da taxa de juros de para 0,75% (Adrian Pingstone/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 08h09.

Londres - Autoridades do banco central britânico mostraram-se divididas sobre a taxa de juros pela primeira vez em três anos, com duas delas votando inesperadamente pelo aperto da política monetária, em uma ação que renova a especulação sobre aumento dos juros em 2014.

Martin Weale e Ian McCafferty votaram pela elevação da taxa de juros de 0,5 por cento para 0,75 por cento, de acordo com a ata da reunião de 6 e 7 de agosto do Comitê de Política Monetária do BC britânico divulgada nesta quarta-feira.

Seus votos encerraram o mais longo período de unanimidade na história do comitê. A libra se fortaleceu e os títulos do governo caíram devido às expectativas de uma alta mais cedo nas taxas de juros britânicas.

Na semana passada, o BC reduziu suas projeções para o crescimento dos salários em 2014 e afirmou que não quer elevar os juros até que altas mais fortes de salários estejam em vista --opinião compartilhada pela maioria no comitê de acordo com a ata desta quarta-feira.

Mas a ata também mostrou que Weale e McCafferty acreditam que a forte queda do desemprego sugere que o crescimento do salário pode estar se aproximando, que a economia está perto da capacidade máxima e que os juros precisam subir agora.

"Como pode-se esperar que a política monetária opere apenas com defasagem, é desejável antecipar pressões no mercado de trabalho com a elevação da taxa de juros antes delas", disseram Weale e McCafferty. "Uma alta cedo facilitaria o desejo do Comitê de que as altas na taxa de juros devem ser apenas graduais."

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