Economia

BC britânico prevê inflação alta e recuperação lenta

Os membros do BoE deixaram claro que não pretendem apertar a política monetária em resposta à inflação acima da meta em razão da fraqueza econômica


	O banco central do Reino Unido afirmou que a inflação deverá aumentar mais no curto prazo e continuar acima da meta de 2,0% nos próximos dois anos
 (Paul Hackett/Reuters)

O banco central do Reino Unido afirmou que a inflação deverá aumentar mais no curto prazo e continuar acima da meta de 2,0% nos próximos dois anos (Paul Hackett/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 09h53.

Londres - O Banco da Inglaterra (BoE) elevou suas previsões para a inflação no Reino Unido nos próximos anos, sugerindo que o prolongado aperto da renda dos consumidores continuará no futuro próximo. Com isso, fica limitada a perspectiva de uma forte recuperação da economia britânica.

Os membros do BoE deixaram claro que não pretendem apertar a política monetária em resposta à inflação acima da meta em razão da fraqueza econômica. No entanto, a elevação das estimativas contidas no relatório de inflação publicado nesta quarta-feira pode impedir alguns membros do BoE de pressionarem por mais estímulos econômicos.

O banco central do Reino Unido afirmou que a inflação deverá aumentar mais no curto prazo e continuar acima da meta de 2,0% nos próximos dois anos, apesar de um crescimento fraco na economia durante o mesmo período. O BoE prevê "uma lenta mas gradual recuperação" nos próximos três anos, com o Produto Interno Bruto (PIB) voltando ao nível anterior à crise apenas em 2015.

Porém, o BoE afirmou que os riscos para a economia gerados pela crise na zona do euro e pelo crédito restrito no sistema bancário britânico diminuíram.

Segundo o banco central, a inflação será puxada por preços administrados - como combustíveis - e por tarifas de ensino das universidades. A libra mais fraca também provocará aumento nos preços dos bens importados, como energia e alimentos.

Os dados mais recentes mostram que a inflação no Reino Unido foi de 2,7% em janeiro, consideravelmente acima do aumento dos salários, o que resulta em redução dos gastos dos consumidores - que é um pilar do crescimento da economia britânica.

Apesar da inflação acima da meta, nos últimos anos o BoE permitiu que os preços subissem no país sem apertar a política monetária por causa de receios de que taxas de juros mais altas pudessem impedir a recuperação da economia. As informações são da Dow Jones.

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