Economia

Bancos terão de cortar gastos e ter mais eficiência, diz BC

Não há expectativa de retomada expressiva do crédito ou redução de provisões no próximo semestre


	Banco Central: ainda assim, é esperado um crescimento de 14% do crédito em 2014
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Banco Central: ainda assim, é esperado um crescimento de 14% do crédito em 2014 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 13h52.

Brasília - O Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quinta-feira, 18, pelo Banco Central, traz a avaliação de que não há expectativa de retomada expressiva do crédito ou redução de provisões no próximo semestre.

Além disso, "sem movimentos relevantes na Selic" e nas taxas de longo prazo, ganhos adicionais com tesouraria tendem a ser menores. Por isso, a percepção é de que os bancos, para obter ganhos de rentabilidade, terão de ampliar eficiência e melhorar a capacidade de cortar despesas.

"Contudo, com a redução do avanço de fontes importantes, como tarifas bancárias, o ritmo de crescimento das receitas de serviços tem se reduzido gradativamente e está no menor nível desde meados de 2010", destacou o documento.

"A taxa de crescimento das despesas administrativas, por sua vez, que apresentava declínio desde abril de 2012, estabilizou-se a partir do final de 2013", observou.

Ainda assim, o diretor de Fiscalização da instituição, Anthero Meirelles, previu um crescimento de 14% do crédito em 2014. Até agora, a previsão oficial do BC era de 12%, com a revisão prevista para ser anunciada ainda neste mês.

Questionado sobre se esta já seria a nova estimativa da instituição, Anthero disse que se trata de uma avaliação pessoal, já que a perspectiva do diretor é de um aumento da oferta ao final deste ano. Meirelles afirmou que os bancos públicos ainda puxam o crédito mais do que os privados, mas disse acreditar numa convergência de oferta entre essas duas partes "de forma mais harmônica".

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