Economia

BC admite flexibilizar mais a política monetária

A convergência da inflação de 2004 para as metas é a justificativa do Banco Central para ter reduzido o juro de 26% para 24,5%, afirma o Comitê de Política Monetária em ata divulgada nesta quinta-feira (31/7). Além disso, o comitê não descarta reduzir ainda mais os juros ao longo deste semestre tendo em vista o […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

A convergência da inflação de 2004 para as metas é a justificativa do Banco Central para ter reduzido o juro de 26% para 24,5%, afirma o Comitê de Política Monetária em ata divulgada nesta quinta-feira (31/7). Além disso, o comitê não descarta reduzir ainda mais os juros ao longo deste semestre tendo em vista o controle inflacionário. "O Copom entende que a flexibilização adicional da política monetária neste momento não compromete as conquistas obtidas recentemente no combate à inflação."

Um novo corte nos juros também resolveria a questão da atividade industrial, também comentada pelo BC. "O Copom permanece atento à evolução do nível de atividade e avalia que o quadro de desaceleração recente tende a ser revertido a partir do segundo semestre de 2003, à medida que se consolidem os efeitos sobre a atividade da melhora significativa nos fundamentos macroeconômicos observada nos últimos meses", afirma o BC na ata.

Mas o Banco Central avalia que esse corte será gradual. "A convergência gradativa dos juros em direção aos novos níveis de equilíbrio no médio prazo preservará as conquistas recentes no combate à inflação, compatibilizando-as com os benefícios advindos de uma recuperação sustentada no nível de atividade."

Inflação

A ata do Copom aponta que, com um câmbio estável em R$ 2,85 por dólar, e juros de 26% ao ano, o Banco Central prevê que o IPCA fique acima de 8,5% para 2003 e abaixo de 5,5% para 2004. Para o CSFB, caso a taxa de câmbio permaneça no patamar atual, é bastante provável que a inflação fique, na média, ao redor (ou mesmo abaixo) de 0,5% ao mês até o final do ano. "Dada a nossa expectativa de câmbio a R$ 3,20 por dólar no final do ano, projetamos média mensal do IPCA de 0,7% nos próximos meses. Dependendo do comportamento do câmbio, esperamos corte de juros entre 1,5 e 2 pontos percentuais na próxima reunião do Copom, em 19 e 20 de agosto", afirma o banco em relatório divulgado nesta quinta-feira.

Segundo o Banco Central, há sinais de enfraquecimento do impacto da recente apreciação cambial sobre os preços no atacado. O Banco Central informou que está usando uma nova metodologia para previsão de preços administrados no IPCA, que se baseia em componentes sazonais, variação cambial, inflação dos preços livres e comportamento dos IGPs (Índice Geral de Preços). O Banco Central prevê preços administrados de 9,6% para 2004.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Acelerada pela Nvidia, Google — e agora Amazon —, startup quer inovar no crédito para PMEs

Cigarro mais caro deve pressionar inflação de 2024, informa Ministério da Fazenda

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Alckmin: empresas já podem solicitar à Receita Federal benefício da depreciação acelerada