Economia

Barclays prevê redução na taxa de investimento devido PIB

Recessão em 2015 deve provocar redução do nível de poupança e investimentos como proporção do PIB, segundo economista do banco


	Logo da Barclays: taxa de investimentos deve baixar de 19,7% em 2014 para 17,0%, diz economista do banco
 (Asim Hafeez/Bloomberg)

Logo da Barclays: taxa de investimentos deve baixar de 19,7% em 2014 para 17,0%, diz economista do banco (Asim Hafeez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 16h40.

São Paulo - Uma recessão em 2015 deve provocar redução do nível de poupança e de investimentos como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, comentou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o economista para Brasil do banco Barclays, Bruno Rovai.

Para ele, a taxa de investimentos deve baixar de 19,7% em 2014 para 17,0%, o que será motivado, em boa medida, por uma queda próxima a 6% da Formação Bruta de Capital Fixo de janeiro a dezembro ante o mesmo período de 2014.

Em relação à taxa de poupança interna, deve ocorrer um recuo de 15,8% para 13,1%. Tais projeções se baseiam na sua estimativa de queda de 1,1% do PIB para este ano.

Caso essas previsões se confirmem, a taxa de poupança em 2015 será a menor desde 2010, dado que a nova metodologia de contabilização do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contempla o indicador a partir daquele ano.

Para a taxa de investimento, esse seria o nível mais baixo desde 2006, quando atingiu 17,3%.

"A redução do nível de poupança deve ocorrer por causa do quadro geral de retração do nível de atividade em 2015.

No caso das famílias, deve ocorrer uma menor capacidade de poupar, devido especialmente a fatores como piora da taxa de desemprego e menor renda disponível, causada também por uma inflação elevada, que deve subir neste ano 8,2%", comentou.

Rovai ponderou que, apesar da grande possibilidade de o governo economizar no Orçamento o equivalente a 1,2% do PIB com o superávit primário, o Poder Executivo tem um gasto maior que as receitas, como despesas com juros e benefícios sociais.

Ele estima que o déficit nominal deve atingir 5,9% do PIB neste ano.

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