Economia

Barclays pagará multa de US$2 bi por responsabilidade na crise de 2008

O banco inglês realizava transações com créditos imobiliários tóxicos e fraudava a qualidade dessas operações

Após fraude em transações, estimadas em US$31 bilhões, banco pagará multa de US$2 bilhões (Matt Cardy/Getty Images/Getty Images)

Após fraude em transações, estimadas em US$31 bilhões, banco pagará multa de US$2 bilhões (Matt Cardy/Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 29 de março de 2018 às 13h34.

O banco britânico Barclays chegou a um acordo com o governo dos Estados Unidos para pagar uma multa de 2 bilhões de dólares para encerrar uma investigação sobre suas práticas no setor imobiliário antes da crise financeira, informou o Departamento de Justiça (DoJ).

O banco foi acusado de "fraude" por ter vendido entre 2005 e 2007 créditos imobiliários tóxicos - chamados "RMBS" - a investidores, que sofreram perdas bilionárias quando estes produtos financeiros perderam todo o valor, segundo um comunicado do DoJ.

Os devedores começara a descumprir com o pagamento das hipotecas e isso desatou um efeito cascata por todo o setor financeiro mundial que teve seu clímax na crise de 2008.

Filiais do Barclays realizaram 36 transações com RMBS por um montante inicialmente estimado em 31 bilhões de dólares.

"O banco mentiu sobre a qualidade dos créditos imobiliários contidos nessas operações", disse o regulador, que retirará sua queixa civil contra o Barclays e suspenderá todas as investigações sobre a entidade.

Também conseguiram acordos com as autoridades dois executivos americanos do Barclays, Paul Menefee em Austin (Texas) e John Carroll de Port Washington (New York), que pagarão multas totalizando dois milhões de dólares.

Barclays é o último dos grandes bancos punidos quase uma década depois do colapso das entidades financeiros detentoras desses ativos baseados em hipotecas com alto risco de descumprimento.

Na semana passada, o banco suíço UBS aceitou pagar 230 milhões de dólares ao estado de Nova York para saldar a acusação de ter tergiversado o valor dos ativos formados por hipotecas e vendido antes da crise.

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