Bancos públicos vão liberar R$ 75 bi no combate ao coronavírus, diz Barros
Valor será usado para crédito agrícola, capital de giro e crédito consignado. Governo vai liberar 50% do 13º para aposentados e pensionistas do INSS
Clara Cerioni
Publicado em 13 de março de 2020 às 14h55.
Última atualização em 13 de março de 2020 às 15h24.
Os bancos públicos vão liberar crédito de 75 bilhões de reais como parte das medidas do governo para amenizar os impactos do coronavírus na economia. No Brasil, o número de casos chegou a 77 na quinta-feira 12.
A informação foi anunciada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, em um breve pronunciamento, nesta sexta-feira, 13, logo após reunião interministerial na Casa Civil que contou com a participação dos chefes de quase todas as pastas do governo federal.
O recurso especial será usado, segundo Barros, para crédito agrícola, capital de giro e crédito consignado. Todas as linhas direcionadas a beneficiários do INSS terão a possibilidade de oferecer juros mais baixos.
Na noite desta quinta-feira, o Ministério da Economia já havia informado que vai antecipar para abril o pagamento da primeira parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS.No próximo mês também estará suspensa por 120 dias a necessidade da prova de vida exigida pela Previdência Social.
O governo também vai definir, junto com o Ministério da Saúde, a lista de produtos e materiais hospitalares que terão preferência tarifária, além de priorizar o desembaraço aduaneiro de produtos médicos e hospitalares.
O público beneficiado pela política federal é justamente o que tem maior risco de morte em meio ao surto da doença.
Barros ainda ficou de detalhar e passar mais informações sobre como estas estratégias serão adotadas pelo governo.
Participaram da reunião estratégica de combate ao coronavírus ministros e representantes da Casa Civil, Saúde, Economia, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública, Cidadania, Secretaria-Geral, Secretaria de Governo, Gabinete de Segurança Institucional, Minas e Energia, Controladoria-Geral da União, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Desenvolvimento Regional, Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Defesa, Agricultura, Itamaraty, Advocacia-Geral da União, Anvisa e Banco Central.