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Japão investiga bancos por empréstimo à Yakuza

Autoridade de regulação financeira vai investigar os três maiores bancos do país depois da notícia de que um deles concedeu empréstimos à máfia nipônica

Placa de propaganda do banco Mizuho, no Japão: entidade destacou 230 créditos concedidos a organizações criminosas, que superaram 1,5 milhão de euros (Kazuhiro Nogi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 10h42.

Tóquio - A autoridade japonesa de regulação financeira vai investigar os três maiores bancos do país depois da notícia de que um deles, Mizuho, concedeu empréstimos à máfia nipônica.

A partir de 5 de novembro, a Agência de Serviços Financeiros (FSA) investigará os procedimentos de controle interno do Mitsubishi UFJ, Mizuho e Sumitomo Mitsui.

O escândalo aumentou desde que, no fim de setembro, a FSA exigiu que o Mizuho interrompesse a concessão de crédito a "forças antissociais", termo utilizado no Japão para citar organizações criminosas, que têm seus integrantes conhecidos como "yakuzas".

Os "yakuzas" vivem de diversas atividades lucrativas e geralmente ilegais, como jogo, drogas , prostituição, extorsão e lavagem de dinheiro através de empresas tradicionais.

A FSA destacou 230 créditos concedidos a tais organizações, que superaram 200 milhões de ienes (1,5 milhão de euros).

A agência criticou a falta de medidas do Mizuho para acabar com as operações, "mais de dois anos depois de ficar constatado a concessão de empréstimos a muitas organizações mafiosas".

Os executivos do banco afirmaram em um primeiro momento que ignoravam as operações, que atribuíram a diretores de menor escalão, mas depois foram obrigados a reconhecer que estavam a par.

Em um relatório entregue à FSA na segunda-feira, o Mizuho afirma que 54 diretores, entre aposentados e ainda empregados, serão punidos, incluindo o presidente do conselho de administração do Mizuho Bank, a filial bancária da holding financeira Mizuho Financial Group.

Takashi Tsukamoto abandonará o cargo, mas seguirá à frente da holding. O diretor geral do banco, Yasuhiro Sato, deverá renunciar a seis meses de salário.

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O escândalo aumentou desde que, no fim de setembro, a FSA exigiu que o Mizuho interrompesse a concessão de crédito a "forças antissociais", termo utilizado no Japão para citar organizações criminosas, que têm seus integrantes conhecidos como "yakuzas".

Os "yakuzas" vivem de diversas atividades lucrativas e geralmente ilegais, como jogo, drogas , prostituição, extorsão e lavagem de dinheiro através de empresas tradicionais.

A FSA destacou 230 créditos concedidos a tais organizações, que superaram 200 milhões de ienes (1,5 milhão de euros).

A agência criticou a falta de medidas do Mizuho para acabar com as operações, "mais de dois anos depois de ficar constatado a concessão de empréstimos a muitas organizações mafiosas".

Os executivos do banco afirmaram em um primeiro momento que ignoravam as operações, que atribuíram a diretores de menor escalão, mas depois foram obrigados a reconhecer que estavam a par.

Em um relatório entregue à FSA na segunda-feira, o Mizuho afirma que 54 diretores, entre aposentados e ainda empregados, serão punidos, incluindo o presidente do conselho de administração do Mizuho Bank, a filial bancária da holding financeira Mizuho Financial Group.

Takashi Tsukamoto abandonará o cargo, mas seguirá à frente da holding. O diretor geral do banco, Yasuhiro Sato, deverá renunciar a seis meses de salário.

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