Economia

Bancos centrais alertam que volatilidade está extremamente alta

Segundo as instituições, aumentou o nível de volatilidade dos preços do petróleo e de algumas matérias-primas, como a prata

O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse que apesar da volatilidade, a recuperação econômica está confirmada em nível global (Jeff J Mitchell/Getty Images)

O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse que apesar da volatilidade, a recuperação econômica está confirmada em nível global (Jeff J Mitchell/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 13h43.

Basileia - Os bancos centrais das principais economias do mundo alertaram nesta segunda-feira para o nível de volatilidade dos preços do petróleo e de algumas matérias-primas como a prata, considerados "extremamente elevados".

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, como porta-voz dos bancos centrais do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), declarou que apesar da volatilidade, está confirmada a recuperação econômica em nível global.

Neste sentido, Trichet afirmou que os bancos centrais do G20 descartam uma dupla recessão. Após uma reunião dos bancos do G20 na sede do Banco para Pagamentos Internacionais (BIS) na cidade suíça de Basileia, Trichet observou que é "possível uma correlação entre os mercados da prata e outros mercados de matérias-primas".

O presidente do BCE não quis comentar se a extrema volatilidade nos mercados do petróleo e de algumas matérias-primas é simplesmente uma correção ou significa o fim da tendência de alta generalizada registrada até agora como ocorreu em 2008.

Acrescentou que apenas "foi confirmado que o nível de volatilidade nos preços (das matérias-primas) está extremamente elevado".

É uma novidade a magnitude dos movimentos que apresentaram alguns mercados, considerou Trichet. O petróleo e a prata subiam nesta segunda-feira nos mercados após registrarem queda na semana passada.

O barril do petróleo Brent para entrega em junho subia em Londres e superava os US$ 112, 2,4% acima do fechamento de sexta-feira.

Por sua vez, a onça de prata avançava 5% com relação à sexta-feira, cotada a US$ 37. O Brent, de referência na Europa, fechou a semana em US$ 109, com queda de 13,6% em sete dias.

Na sexta-feira, o petróleo do Texas fechou perto dos US$ 97 o barril, acumulando baixa semanal de 14,7%, algo inédito desde 2008. O preço da prata caiu 28% desde o fim de abril, quando havia alcançado os maiores valores em 30 anos.

A onça da prata, que chegou a atingir valorização de 175% em menos de um ano, custava na sexta-feira US$ 35, US$ 15 a menos que na semana anterior.

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