Economia

Banco Fibra revisa PIB de 2013 de 2,5% para 2,2%

Da mesma forma, a estimativa para a expansão do PIB em 2014 caiu de 1,8% para 1,5%


	Reunião do departamento jurídico do Banco Fibra: a mudança na série histórica incluindo o resultado do setor de serviços contribuiu para as revisões
 (Germano Lüders / EXAME)

Reunião do departamento jurídico do Banco Fibra: a mudança na série histórica incluindo o resultado do setor de serviços contribuiu para as revisões (Germano Lüders / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 10h37.

São Paulo - Após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) registrou retração de 0,5% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao trimestre anterior, o Banco Fibra alterou a projeção para o crescimento deste ano, que passou de 2,5% para 2,2%. Da mesma forma, a estimativa para a expansão do PIB em 2014 caiu de 1,8% para 1,5%.

Segundo o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, a mudança na série histórica incluindo o resultado do setor de serviços contribuiu para as revisões.

"Houve uma revisão bastante grande do primeiro trimestre de 2013 o que refletiu em grande parte dessa alteração das perspectivas para 2013", explicou.

O IBGE reviu o resultado do primeiro trimestre de 2013 no acumulado dos últimos 12 meses de 1,2% para 1,3%. O dado do primeiro trimestre foi revisado ainda na comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 1,9% para 1,8%, e frente ao trimestre anterior, de 0,6% para 0,0%.

"Na série nova, o crescimento do primeiro trimestre foi zero e com isso a média de crescimento de 2013 ficou menor", reforçou.

De acordo com o economista, além do impacto que o resultado de 2013 terá no desempenho do ano que vem, a revisão do dado para 2014 também se deve ao fato de que "política monetária mais apertada deve favorecer um crescimento menor".

"E temos também uma menor contribuição esperada para o consumo das famílias", disse.

Oliveira destaca ainda como ponto que merece atenção nos dados divulgados hoje a taxa de poupança da economia brasileira, que está em apenas 15% do PIB, ante média superior a 17% que prevaleceu na década passada.

"Isso explica a ampliação do déficit em conta corrente nos últimos trimestres. Isto é, a necessidade de poupança externa", afirma.

Ele diz também que, nos últimos 12 meses, a absorção doméstica (consumo das famílias e do governo mais os investimentos) cresceu 3% ante 2,3% do PIB.

"Esse diferencial entre as taxas de crescimento explica em parte a alta da inflação de preços livres nos últimos meses. Estamos colhendo um desequilíbrio da economia brasileira que vem lá de trás, desde 2005, quando já havia diferença entre as duas taxas."

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