BC do Japão não muda programa de estímulos
O banco central do Japão anunciou que vai manter intacto o programa de estímulos, mesmo com fortalecimento do iene e baixo consumo
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 07h25.
Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira que mantém intacto seu programa de estímulos em um momento marcado pela incerteza em torno do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).
Apesar do fortalecimento do iene, o que prejudica as exportações japonesas, e do baixo consumo, que é o principal motor da terceira mais economia mundial, o BoJ decidiu manter intacto seu programa de flexibilização que entrou em vigor em 2013.
Além da incerteza pela possibilidade do "brexit", a entidade também preferiu esperar a realização das eleições para o Senado do Japão, que acontecem no próximo dia 10, para anunciar qualquer mudança.
Essa decisão, no entanto, contribuiu para a valorização do iene frente ao dólar, que poucos minutos depois do comunicado do BoJ beirou seu valor mínimo em relação à moeda japonesa nos últimos 20 meses.
Após a reunião mensal de dois dias, a junta de política monetária do BoJ aprovou, por oito votos a um, continuar ampliando a base monetária a um ritmo anual de aproximadamente 80 trilhões de ienes (US$ 763,458 bilhões).
Este agressivo plano expansivo foi acionado em abril de 2013 para conseguir uma inflação estável de em torno de 2%, que acabe com quase duas décadas de deflação.
Entre os riscos para a economia japonesa mencionados no comunicado emitido ao término da junta, foi mencionado o "problema da dívida e o momento vivido pela atividade econômica e os preços na Europa, além dos riscos geopolíticos", em referência à possibilidade do "brexit" no Reino Unido.
Em relação à economia japonesa, o BoJ considera que esta segue "se recuperando moderadamente", apesar do recente arrefecimento na produção e nas exportações pela forte desaceleração econômica dos países emergentes.
O consumo se mostrou "resistente", mas "foram observados desenvolvimentos relativamente frágeis em alguns indicadores".
A entidade também afirmou que, graças à queda do petróleo, os efeitos de seu programa permanecem neutralizados e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) permanece "em torno de 0%".
O BoJ também decidiu, por sete votos a dois, manter a taxa negativa de -0,1% aplicada a certos depósitos dos bancos.
Com o objetivo de estimular o crédito e o consumo, o BoJ ativou esta taxa negativa em fevereiro.
No entanto, a medida também afetou os juros em longo prazo e os rendimentos dos títulos da dívida soberana japonesa com prazo de dez anos, que também entraram em terreno negativo, e os bancos acreditam que essa medida contribuirá para a redução de seus lucros.
Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira que mantém intacto seu programa de estímulos em um momento marcado pela incerteza em torno do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).
Apesar do fortalecimento do iene, o que prejudica as exportações japonesas, e do baixo consumo, que é o principal motor da terceira mais economia mundial, o BoJ decidiu manter intacto seu programa de flexibilização que entrou em vigor em 2013.
Além da incerteza pela possibilidade do "brexit", a entidade também preferiu esperar a realização das eleições para o Senado do Japão, que acontecem no próximo dia 10, para anunciar qualquer mudança.
Essa decisão, no entanto, contribuiu para a valorização do iene frente ao dólar, que poucos minutos depois do comunicado do BoJ beirou seu valor mínimo em relação à moeda japonesa nos últimos 20 meses.
Após a reunião mensal de dois dias, a junta de política monetária do BoJ aprovou, por oito votos a um, continuar ampliando a base monetária a um ritmo anual de aproximadamente 80 trilhões de ienes (US$ 763,458 bilhões).
Este agressivo plano expansivo foi acionado em abril de 2013 para conseguir uma inflação estável de em torno de 2%, que acabe com quase duas décadas de deflação.
Entre os riscos para a economia japonesa mencionados no comunicado emitido ao término da junta, foi mencionado o "problema da dívida e o momento vivido pela atividade econômica e os preços na Europa, além dos riscos geopolíticos", em referência à possibilidade do "brexit" no Reino Unido.
Em relação à economia japonesa, o BoJ considera que esta segue "se recuperando moderadamente", apesar do recente arrefecimento na produção e nas exportações pela forte desaceleração econômica dos países emergentes.
O consumo se mostrou "resistente", mas "foram observados desenvolvimentos relativamente frágeis em alguns indicadores".
A entidade também afirmou que, graças à queda do petróleo, os efeitos de seu programa permanecem neutralizados e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) permanece "em torno de 0%".
O BoJ também decidiu, por sete votos a dois, manter a taxa negativa de -0,1% aplicada a certos depósitos dos bancos.
Com o objetivo de estimular o crédito e o consumo, o BoJ ativou esta taxa negativa em fevereiro.
No entanto, a medida também afetou os juros em longo prazo e os rendimentos dos títulos da dívida soberana japonesa com prazo de dez anos, que também entraram em terreno negativo, e os bancos acreditam que essa medida contribuirá para a redução de seus lucros.