Economia

Banco Central do Japão afrouxa política monetária

O Banco do Japão afirmou que vai realizar uma avaliação minuciosa dos efeitos da taxa de juros negativa e de seu forte programa de compra de ativos em setembro,


	Banco do Japão: "Vamos é claro avaliar o que fazer em termos de medidas de política monetária, com base no resultado da avaliação"
 (Kamoshida/Getty Images)

Banco do Japão: "Vamos é claro avaliar o que fazer em termos de medidas de política monetária, com base no resultado da avaliação" (Kamoshida/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 08h12.

Tóquio - O banco central do Japão expandiu o estímulo monetário nesta sexta-feira ao dobrar as compras de fundos de índices (ETFs), sucumbindo à pressão do governo e dos mercados financeiros para uma ação mais ousada, mas decepcionou investidores que esperavam medidas mais audaciosas.

Entretanto, o Banco do Japão afirmou que vai realizar uma avaliação minuciosa dos efeitos da taxa de juros negativa e de seu forte programa de compra de ativos em setembro, sugerindo que uma grande revisão de seu programa de estímulo pode estar vindo.

O presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, afirmou que o banco vai realizar a revisão não porque suas ferramentas acabaram, mas para chegar a maneiras melhores de alcançar a meta de inflação de 2 por cento --mantendo vivas as expectativas de mais afrouxamento monetário.

"Não acho que alcançamos os limites tanto em termos de possibilidade de mais cortes de juros quanto de elevação de compras de ativos", disse Kuroda a repórteres após a reunião de política monetária.

"Vamos é claro avaliar o que fazer em termos de medidas de política monetária, com base no resultado da avaliação."

Na reunião finalizada nesta sexta-feira, o Banco do Japão decidiu aumentar as compras de ETFs para que seu portfólio total aumente a um ritmo anual de 6 trilhões de ienes (58 bilhões de dólares), contra os atuais 3,3 trilhões de ienes.

A decisão foi por uma votação de 7 a 2. Mas o banco central manteve a meta da base monetária em 80 trilhões de ienes (775 bilhões de dólares), assim como o ritmo de compras de ativos, incluindo títulos do governo japonês.

Também manteve a taxa de juros de 0,1 por cento que cobra de uma porção de reservas em excesso que as instituições financeiras deixam no banco central.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosFinançasJapãoPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor