Economia

Banco Central da Alemanha alerta para possível recessão no 3º trimestre

O crescimento alemão contraiu no segundo trimestre por causa de uma queda nas exportações, foco central da economia do país

"A principal razão para isso é a desaceleração contínua na indústria", completou o banco central, apontando para um declínio significativo nos pedidos (Alex Kraus/Bloomberg)

"A principal razão para isso é a desaceleração contínua na indústria", completou o banco central, apontando para um declínio significativo nos pedidos (Alex Kraus/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 10h12.

Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 10h14.

Frankfurt  - A economia alemã pode ter continuado a encolher uma vez que a produção industrial cai em meio à escassez de pedidos, disse o banco central da Alemanha nesta segunda-feira, sugerindo que a maior economia da zona do euro está agora em recessão.

O crescimento alemão contraiu no segundo trimestre por causa de uma queda nas exportações, com a guerra comercial, a desaceleração no crescimento da China e incertezas sobre o Brexit minando a confiança, representando um golpe para a economia do país focada em exportações.

"A economia pode registrar uma nova contração neste verão, após um retrocesso 0,1% do PIB alemão no segundo trimestre", alerta o Bundesbank em relatório mensal.

"A principal razão para isso é a desaceleração contínua na indústria", completou o banco central, apontando para um declínio significativo nos pedidos e uma grande queda nos indicadores de confiança das empresas manufatureiras.

Embora o consumo doméstico continue a isolar a economia, o mercado de trabalho já está mostrando sinais de fraqueza e a confiança no setor de serviços também está caindo, acrescentou o Bundesbank.

Ainda assim, o crescimento da construção deve continuar, fornecendo algum apoio à economia.

Embora a Alemanha até agora tenha rejeitado a ideia de aumentar os gastos públicos para compensar a desaceleração, o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, disse que Berlim tem a força fiscal necessária para conter qualquer crise econômica futura "com força total".

Obcecada por ter um orçamento equilibrado, a Alemanha produziu excedentes durante anos, ignorando pedidos por mais gastos para impulsionar o crescimento.

(Por Balazs Koranyi)

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaBanco CentralRecessão

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação