Por Suzi Katzumata

Ottawa, Canadá - Os preços dos petróleo fecharam em alta pela segunda sessão seguida em Nova York, com o declínio maior que esperado nos estoques comerciais dos EUA compensando o efeito do dólar mais forte. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo com vencimento em janeiro subiram US$ 1,97 (2,79%) e fecharam a US$ 72,66 por barril. Incluindo as transações no sistema eletrônico Nymex/Globex, a mínima foi de US$ 70,59 e a máxima de US$ 73,55.

Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para janeiro subiram US$ 1,50 (2,08%) e fecharam a US$ 73,55. A mínima foi de US$ 72,29 e a máxima de US$ 73,86.

A alta de dois dias do petróleo ocorre após uma sequência de nove fechamentos em baixa, durante o qual o dólar ganhou força frente seus principais rivais, especialmente o euro, que tem sido pressionado pelas preocupações relacionadas a possíveis não pagamentos de dívida soberana. Os preços do petróleo têm uma forte correlação com o dólar.

"Os números dos estoques foram considerados muito melhores do muitos esperavam e, então, veio a história sobre o teste de míssil iraniano, além disso estávamos oscilando em um piso técnico hoje", disse Peter Donovan, vice-presidente da Vantage Trading em Nova York. "Coloque essas três coisas juntas e temos uma bela alta."

O Departamento de Energia dos EUA informou que os estoques de petróleo bruto encolheram em 3,689 milhões de barris na semana passada, mais do que o dobro do declínio esperado pelos analistas. Os estoques de destilados - que inclui diesel e óleo para aquecimento - caíram em 2,954 milhões, bem acima da expectativa de queda de 600 mil barris. O declínio dos estoques de destilados provavelmente refletiu o retorno de temperaturas mais frias no norte dos EUA após um período ameno fora de época.

Embora o relatório tenha no geral proporcionado suporte a alta dos preços de energia, havia um sinal negativo na taxa ocupação da capacidade instalada das refinarias, que contrariou as expectativas e caiu para 79,95%, de 81,05% na semana anterior. Isso indica que a demanda subjacente ainda está fraca e que as refinarias preferem deixar os elevados níveis de oferta cair antes de aumentar a produção.

As notícias de que o Irã conduziu um teste de míssil em um momento que as potências ocidentais discutem a imposição de sanções contra o país - que possui a terceira maior reserva de petróleo do mundo - também ajudaram a dar suporte aos preços da commodity, segundo traders.

O dólar e o Federal Reserve foram um fator de menor peso hoje, pois o banco central norte-americano reiterou sua posição de que o juro permanecerá baixo por um período prolongado. O dólar subiu ligeiramente nesta quarta-feira, com o euro oscilando ao redor de US$ 1,4515. As informações são da Dow Jones.