Economia

Aviação pede para BNDES e Anac estudarem ajuda a cias aéreas

O Presidente da Pasta, Moreira Franco, afirmou que além de aeroportos eficientes, o setor precisa de companhias fortes


	Moreira Franco: “"já pedi para que BNDES e Anac façam estudos para ver o que a gente tem que fazer. Estou olhando para esse problema porque precisamos de empresas robustas", disse o ministro.
 (Elza Fiúza/Abr)

Moreira Franco: “"já pedi para que BNDES e Anac façam estudos para ver o que a gente tem que fazer. Estou olhando para esse problema porque precisamos de empresas robustas", disse o ministro. (Elza Fiúza/Abr)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 23h41.

Rio de Janeiro - A Secretaria de Aviação Civil pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estudos para ajuda às companhias aéreas, afirmou nesta sexta-feira o novo ministro à frente da pasta, Moreira Franco.

Em entrevista à Reuters durante evento no Rio de Janeiro, Franco afirmou que além de aeroportos eficientes, o setor precisa de companhias fortes.

"Já pedi para que BNDES e Anac façam estudos para ver o que a gente tem que fazer. Estou olhando para esse problema porque precisamos de empresas robustas", disse Franco. "Do que adianta buscarmos ter aeroportos sensacionais e não termos empresas?", acrescentou.

A Gol e a TAM, duas maiores empresas do setor no Brasil, fecharam 2012 com resultados desanimadores. A Gol teve um prejuízo de 1,5 bilhão de reais, e, a Latam (resultado da união da chilena LAN e da brasileira TAM), lucro de apenas 11 milhões de dólares, 97 % inferior ao de 2011.

As empresas reclamam de aumento de custo do querosene de aviação e alegam que reduziram os preços das passagens nos últimos anos, o que pressionou suas margens. Medidas como recomposição de malha e redução de frequências estão entre as adotadas para melhorar a lucratividade.

Questionado se poderia haver uma ajuda financeira do BNDES ao setor aéreo, Moreira afirmou que só poderia se posicionar após a conclusão do estudo.

Na bolsa de valores, a ação da Gol, que chegou a cair mais de 6 % nesta sexta-feira, inverteram o sinal e fecharam na máxima da sessão, em alta de 2,67 %, após as declarações de Franco.

O ministro voltou a defender o aumento participação das empresas estrangeiras nas companhias aéreas nacionais. Para ele, o limite previsto em lei --de 20 %-- é ultrapassado.


"Hoje já há mecanismos no mercado que permitem uma empresa com uma participação menor ter uma forte influência sobre uma companhia", declarou. "O mais importante é que a empresa seja sediada no Brasil, respeite as leis brasileiras e os regulamentos da Anac e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)." SLOTS Franco disse também que espera receber na próxima semana um estudo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) sobre a situação dos slots no aeroporto de Congonhas (SP).

As companhias aéreas querem mais direitos a pousos e decolagens, e sugerem a transferência de slots de voos executivos para os comerciais. Franco espera uma definição sobre o tema em breve.

"Estamos esperando o relatório do Decea, que vai dar um parecer técnico e, em cima desse parecer técnico, vamos tomar definição política." O ministro disse ainda que o governo vai se empenhar para que os aeroportos brasileiros passem a funcionar na liberação de cargas 24 horas, 7 dias por semana.

Na próxima semana, Franco vai se reunir com representantes das categorias e dos órgãos que atuam na liberação de carga dos terminais brasileiros para tentar um acordo.

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