Caixa: auxílio emergencial não será estendido até 2021, segundo secretário do Ministério da Economia (Bruna Prado/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de outubro de 2020 às 16h03.
Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 16h09.
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reforçou nesta quinta-feira o compromisso da equipe econômica com o cumprimento do teto de gastos e descartou a prorrogação de gastos emergenciais — como o auxílio emergencial — para o próximo ano. Onde Paulo Guedes, Rodrigo Maia e Donald Trump se encontram? Nas análises da EXAME Research. Assine e entenda como a política mexe com seu bolso
"Mais que uma âncora fiscal, o teto de gastos é super âncora fiscal, temos de seguir", afirmou, em seminário virtual promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Waldery repetiu que os gastos emergenciais do governo para enfrentar a pandemia de covid-19 neste ano chegarão a 607 bilhões de reais, sendo mais de 320 bilhões referentes ao auxílio emergencial pago a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais. "É importante destacar que esse gasto está contido em 2020, e não passará para 2021", completou.
Ele citou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) começou 2019 em 76,4% do produto interno bruto (PIB), caindo para 75,8% ao fim de 2019. "Pode ter sido uma redução pequena, mas foi uma sinalização gigantesca. Com as medidas necessárias em 2020, porém, nossa estimativa para este ano é um pouco menor que 94%", reiterou.
O secretário lembrou que a posição das contas públicas brasileiras já era frágil antes da pandemia, mas argumentou que se a questão fiscal for equacionada, as políticas monetária, cambial e social poderão ser mais efetivas.