Economia

Aumento de preços derruba intenção de consumo das famílias

O indicado registrou 129,6 pontos em março, o menor valor desde setembro de 2009


	Mulher carregando compras: de acordo com a Fecomercio, apesar de os juros para o consumidor permanecerem nos menores níveis históricos em março, as famílias estão mais cautelosas na contração de novas dívidas.
 (Getty Images)

Mulher carregando compras: de acordo com a Fecomercio, apesar de os juros para o consumidor permanecerem nos menores níveis históricos em março, as famílias estão mais cautelosas na contração de novas dívidas. (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 12h43.

São Paulo – O Índice de Intenção de Consumo das Famílias Paulistanas registrou queda pelo terceiro mês consecutivo. O indicador, que é apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), registrou 129,6 pontos em março, uma queda de 4,3% em relação ao mês anterior e redução de 9% na comparação com março de 2012.

Esse foi o menor valor desde setembro de 2009. Mesmo assim, o indicador permaneceu dentro do campo de satisfação elevada, segundo a metodologia da pesquisa: acima dos 100 pontos.

De acordo com a Fecomercio, apesar de os juros para o consumidor permanecerem nos menores níveis históricos em março, as famílias estão mais cautelosas na contração de novas dívidas, devido aos aumentos de preços e possíveis impactos no emprego.

Entre os itens que registraram queda, a maior redução foi o de Momento para Duráveis, com retração de 10,4% (135,4 pontos). Esse resultado pode ser explicado pela expectativa dos consumidores de alta na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, eletrodomésticos e móveis. No entanto, o governo decidiu, no último dia 31, prorrogar a redução da alíquota do IPI para automóveis.

O Nível de Consumo Atual ficou em 92,2 pontos, queda de 5,3% ante ao mês anterior, o menor valor desde agosto de 2009. A Perspectiva de Consumo recuou 3,9% e obteve 121,6 pontos. A Perspectiva Profissional teve queda de 7,9%, registrando 128,7 pontos. O Nível Atual do Emprego registrou 133,9 pontos, 2,4% de alta. O Acesso a Crédito permaneceu praticamente estável, com variação de 0,9% e 152,5 pontos.

Acompanhe tudo sobre:ConsumidoresConsumoeconomia-brasileira

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação