Augustin diz que repasse à CDE sairá por estes dias
O governo ampliou, no último relatório de receitas e despesas, a previsão de gastos com a CDE este ano, de R$ 9 bilhões para R$ 10,540 bilhões
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 16h40.
Brasília - O secretário do Tesouro Nacional , Arno Augustin , disse nesta quarta-feira, 26, que o governo irá transferir "por estes dias" R$ 1,5 bilhão para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
"É um pagamento feito no âmbito do setor elétrico, não acompanho direito. Mas tem um decreto que está para sair, liberando R$ 1,5 bilhão, e vai ser pago", explicou.
O governo ampliou, no último relatório de receitas e despesas, a previsão de gastos com a CDE este ano, de R$ 9 bilhões para R$ 10,540 bilhões.
Augustin afirmou que algumas distribuidoras de energia poderão ser punidas com pagamentos à CDE.
"A previsão nossa para a CDE é essa que está no relatório. Evidentemente que a CDE tem suas outras receitas, suas despesas, sua programação. Tem, por exemplo, empresas que não cumpriram cota - que não ganharam na Justiça liminar para não cumprir cota - e poderão ser penalizadas com pagamento", afirmou.
Balanço
Augustin fez também um balanço dos últimos oito anos em que esteve à frente do órgão.
Segundo ele, houve avanços importantes que reduziram a dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Augustin disse que a situação também é de "enorme credibilidade para o Brasil".
Ele lembrou que ontem o Tesouro divulgou a elevação da participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna, além da realização de várias emissões externas ao longo desse ano.
"A consolidação do fiscal é grande, tanto que permite ter um resultado primário menos forte quando a economia precisa, mantendo a tendência de queda da relação dívida/PIB, mesmo com uma política de subsídio para o BNDES", disse.
Ele destacou também o nível de reservas internacionais, que é muito significativo.
"O Brasil pode optar por uma política que pense o futuro do Brasil, como investimentos e política pública", defendeu.
Segundo ele, sem essa política o país não poderia ter programas como o Pronatec e o Ciências sem Fronteiras, além de programas sociais.
"A situação fiscal não permitia e, hoje, permite. Por isso é muito positivo o balanço de melhorias no Brasil", concluiu.
Ele não quis dizer se esta seria a última entrevista dele como secretário do Tesouro Nacional.
"É especulação que não costumo fazer sobre a minha vida. Eu reitero que assunto de equipe é da presidenta e eu não vou comentar", disse.
O Palácio do Planalto já confirmou que a nova equipe econômica do governo será anunciada amanhã, apesar de não haver data prevista para a posse.
Augustin também não quis adiantar as medidas estudadas pelo governo na área fiscal.
"Não vou comentar esse tipo de estudo que o governo faz e anuncia num determinado momento", disse.
Questionado, o secretário afirmou acreditar que Estados e municípios terão resultados superavitários neste ano.
O secretário brincou com os jornalistas presentes na entrevista e os convidou para a corrida de rua organizada pelo Tesouro Nacional, no dia 14 de dezembro.
"Quem não correr, não ganha entrevista", disse.
Nova equipe
O secretário do Tesouro Nacional negou-se a fazer comentários sobre a formação de equipe econômica, mas afirmou que a política econômica é da presidente da República e não de uma equipe.
"É tarefa da presidente. Não tenho comentário a fazer. Sobre 2015, é normal que no primeiro ano de mandato de governo haja uma contenção", afirmou.
"Isso é importante porque a máquina pública, se você deixar, tende a se autoalimentar. É normal ter contenção de gasto. Por fim, a política econômica é sempre do presidente da República", disse.
Augustin afirmou que cabe à presidente, a cada momento, definir o que ela entende ser melhor para o Brasil.
"É absolutamente normal que o fiscal, tem ano, olhe mais o crescimento e, ano, que seja mais de contenção. A leitura de cada momento é feita por quem tem autoridade para fazer. A presidente vai tomar as definições que são melhores para o Brasil. Não é a equipe. Cada momento vai ter determinada política", argumentou.
Brasília - O secretário do Tesouro Nacional , Arno Augustin , disse nesta quarta-feira, 26, que o governo irá transferir "por estes dias" R$ 1,5 bilhão para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
"É um pagamento feito no âmbito do setor elétrico, não acompanho direito. Mas tem um decreto que está para sair, liberando R$ 1,5 bilhão, e vai ser pago", explicou.
O governo ampliou, no último relatório de receitas e despesas, a previsão de gastos com a CDE este ano, de R$ 9 bilhões para R$ 10,540 bilhões.
Augustin afirmou que algumas distribuidoras de energia poderão ser punidas com pagamentos à CDE.
"A previsão nossa para a CDE é essa que está no relatório. Evidentemente que a CDE tem suas outras receitas, suas despesas, sua programação. Tem, por exemplo, empresas que não cumpriram cota - que não ganharam na Justiça liminar para não cumprir cota - e poderão ser penalizadas com pagamento", afirmou.
Balanço
Augustin fez também um balanço dos últimos oito anos em que esteve à frente do órgão.
Segundo ele, houve avanços importantes que reduziram a dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Augustin disse que a situação também é de "enorme credibilidade para o Brasil".
Ele lembrou que ontem o Tesouro divulgou a elevação da participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna, além da realização de várias emissões externas ao longo desse ano.
"A consolidação do fiscal é grande, tanto que permite ter um resultado primário menos forte quando a economia precisa, mantendo a tendência de queda da relação dívida/PIB, mesmo com uma política de subsídio para o BNDES", disse.
Ele destacou também o nível de reservas internacionais, que é muito significativo.
"O Brasil pode optar por uma política que pense o futuro do Brasil, como investimentos e política pública", defendeu.
Segundo ele, sem essa política o país não poderia ter programas como o Pronatec e o Ciências sem Fronteiras, além de programas sociais.
"A situação fiscal não permitia e, hoje, permite. Por isso é muito positivo o balanço de melhorias no Brasil", concluiu.
Ele não quis dizer se esta seria a última entrevista dele como secretário do Tesouro Nacional.
"É especulação que não costumo fazer sobre a minha vida. Eu reitero que assunto de equipe é da presidenta e eu não vou comentar", disse.
O Palácio do Planalto já confirmou que a nova equipe econômica do governo será anunciada amanhã, apesar de não haver data prevista para a posse.
Augustin também não quis adiantar as medidas estudadas pelo governo na área fiscal.
"Não vou comentar esse tipo de estudo que o governo faz e anuncia num determinado momento", disse.
Questionado, o secretário afirmou acreditar que Estados e municípios terão resultados superavitários neste ano.
O secretário brincou com os jornalistas presentes na entrevista e os convidou para a corrida de rua organizada pelo Tesouro Nacional, no dia 14 de dezembro.
"Quem não correr, não ganha entrevista", disse.
Nova equipe
O secretário do Tesouro Nacional negou-se a fazer comentários sobre a formação de equipe econômica, mas afirmou que a política econômica é da presidente da República e não de uma equipe.
"É tarefa da presidente. Não tenho comentário a fazer. Sobre 2015, é normal que no primeiro ano de mandato de governo haja uma contenção", afirmou.
"Isso é importante porque a máquina pública, se você deixar, tende a se autoalimentar. É normal ter contenção de gasto. Por fim, a política econômica é sempre do presidente da República", disse.
Augustin afirmou que cabe à presidente, a cada momento, definir o que ela entende ser melhor para o Brasil.
"É absolutamente normal que o fiscal, tem ano, olhe mais o crescimento e, ano, que seja mais de contenção. A leitura de cada momento é feita por quem tem autoridade para fazer. A presidente vai tomar as definições que são melhores para o Brasil. Não é a equipe. Cada momento vai ter determinada política", argumentou.