Economia

Atividade econômica segue em declínio no país, diz BC

Essa avaliação consta do Boletim Regional, publicação trimestral divulgada hoje pelo Banco Central (BC), com indicadores econômicos por regiões do país


	Dinheiro: para o BC, as perspectivas de recuperação da atividade econômica dependem fundamentalmente da reversão da confiança de consumidores e empresários nos próximos trimestres
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: para o BC, as perspectivas de recuperação da atividade econômica dependem fundamentalmente da reversão da confiança de consumidores e empresários nos próximos trimestres (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 09h42.

A atividade econômica seguiu em trajetória declinante no país no início do segundo semestre, refletindo, sobretudo, os desempenhos negativos da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços, com impactos relevantes sobre o mercado de trabalho.

Essa avaliação consta do Boletim Regional, publicação trimestral divulgada hoje pelo Banco Central (BC), com indicadores econômicos por regiões do país.

Para o BC, as perspectivas de recuperação da atividade econômica dependem fundamentalmente da reversão da confiança de consumidores e empresários nos próximos trimestres, que tende a ser favorecida pelos efeitos das medidas de ajuste na economia.

“Adicionalmente, a mudança de patamar da taxa de câmbio deverá seguir favorecendo as regiões onde há maior representatividade das exportações na economia, em especial Centro-Oeste e Sul, com desdobramentos positivos sobre os respectivos mercados de trabalho”, acrescentou o BC.

De acordo com o boletim, as economias regionais repercutiram com intensidades distintas os impactos do atual ciclo.

No Norte, diz o BC, a atividade econômica na região foi condicionada, no trimestre encerrado em agosto, pelas retrações observadas na produção industrial, nas vendas do comércio e na construção civil.

O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) recuou 1,5%, em relação ao trimestre finalizado em maio, de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).

No Nordeste, houve retrações nas vendas do comércio e na produção industrial, que exerceram desdobramentos negativos sobre o mercado de trabalho – a economia nordestina eliminou 42,9 mil empregos formais no trimestre, ante criação de 48,9 mil vagas em igual período de 2014.

Nesse cenário, o IBCR-NE recuou 0,9% em relação ao trimestre finalizado em maio.

A economia do Centro-Oeste seguiu em retração no trimestre encerrado em agosto, com resultados negativos da construção civil, das vendas do comércio, do setor de serviços e do mercado de trabalho. O IBCR-CO decresceu 0,6%.

No Sudeste, as retrações da produção industrial e das vendas do comércio foram evidenciadas na trajetória do IBCR-SE, que contraiu 0,8%.

No Sul, o IBCR-S recuou 2,8%. Nessa região, em ambiente de moderação no crédito e de deterioração do mercado de trabalho, destacou-se, no trimestre encerrado em agosto, o impacto dos desempenhos negativos do comércio e da indústria, reduzidos parcialmente pelas trajetórias da agricultura e da balança comercial.

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