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Atividade econômica na Argentina cai 1,9% em novembro

Atividade econômica da Argentina acumula um recuo de 2,3% nos 11 primeiros meses de 2019

Argentina: estimativa faz parte do cálculo do PIB, que acontece a cada três meses (Eitan Abramovich/AFP)
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EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 17h46.

Buenos Aires — A atividade econômica na Argentina registrou em novembro do ano passado uma queda de 1,9% em relação ao mesmo mês de 2018, informou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Os números fazem parte da Estimativa Mensal da Atividade Econômica, um indicador que serve como prévia da variação do Produto Interno Bruto (PIB) do país, calculado a cada três meses.

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De acordo com o Indec, a atividade econômica também caiu em relação a outubro - 1,7% - e acumula um recuo de 2,3% nos 11 primeiros meses de 2019, um dos efeitos da crise que atinge a Argentina desde 2018.

Na comparação entre os meses de novembro de 2019 e 2018, os setores que puxaram a queda foram o de pesca (-24,5%), a indústria manufatureira (-4,8%), o comércio (-5%), a construção civil (-6,9%) e a intermediação financeira (-8,5%).

Por outro lado, os segmentos de relevância econômica para a Argentina que apresentaram melhoras em relação ao mesmo mês de 2018 foram a agricultura e a pecuária (1,5%) e a exploração mineral (2,4%).

A atividade econômica sofreu os impactos das turbulências financeiras enfrentadas pelo país a partir de agosto depois da vitória do agora

presidente do país, Alberto Fernández, nas primárias eleitorais.

A forte desvalorização do peso argentino em relação ao dólar afetou diretamente a inflação, que saltou para 4,3% em novembro, e aprofundou o quadro de recessão vivido pela Argentina desde 2018.

Nos três primeiros trimestres de 2019, a economia da Argentina acumulou um recuo de 2,5%. Já são seis trimestres consecutivos de queda. O governo de Mauricio Macri, que deixou o poder em dezembro, projetava que o país fechará o ano de 2019 com uma retração de 2,6%.

No entanto, analistas financeiros consultados mensalmente pelo Banco Central indicam que o PIB deve cair mais do que o previsto por Macri e fechar o ano em queda de 2,8%.

As projeções para 2020 também são negativas, ainda que mais moderadas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um recuo de 1,3%, enquanto consultorias privadas locais estimam uma retração de 1,6%.

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