Economia

Ata diz que BC adotará medidas para trazer inflação à meta

Agora, o comitê afirma que o objetivo é a convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2017


	Inflação: a ata, no entanto, retirou a expressão de que a "política monetária deve se manter vigilante", que estava presente no documento anterior
 (Arquivo)

Inflação: a ata, no entanto, retirou a expressão de que a "política monetária deve se manter vigilante", que estava presente no documento anterior (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 11h57.

Brasília - A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira, 3, reforçou que o foco da meta de inflação foi jogado pelo Banco Central para 2017, conforme já admitido pelo diretor de Política Econômica da instituição, Altamir Lopes.

Agora, o comitê afirma que o objetivo é a convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2017.

Na ata anterior, o colegiado mantinha a avaliação de que as decisões futuras do Copom seriam tomadas para assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a política monetária.

O Copom reiterou que a demanda agregada continuará a se apresentar moderada no horizonte relevante para a política monetária.

O colegiado manteve a avaliação de que o consumo das famílias tende a ser influenciado por fatores como emprego, renda e crédito; enquanto a concessão de serviços públicos e a ampliação da renda agrícola, entre outros, tendem a favorecer os investimentos.

A ata repete que, por sua vez, as exportações líquidas apresentam melhor resultado, com aumento das exportações e com o processo de substituição de importações em curso.

Para 2016, o BC promete em trazer a inflação "o mais próximo possível de 4,5%", mas com a ressalva de circunscrevê-la aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujo teto é de 6,5% no próximo ano.

A ata, no entanto, retirou a expressão de que a "política monetária deve se manter vigilante", que estava presente no documento anterior.

O colegiado manteve a avaliação de que há incertezas associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto à velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição, e que o processo de realinhamento de preços relativos mostra-se mais demorado e mais intenso que o previsto.

Cenário externo

O Copom do Banco Central fez uma avaliação do cenário externo bem próxima do que já vinha apresentando nos documentos anteriores. Retirou, no entanto, a percepção de que enxerga evidências de novos focos de volatilidade nos mercados de moedas e de renda fixa.

"O Copom considera que o ambiente externo permanece complexo, com episódios de maior volatilidade afetando importantes economias emergentes, mas identifica baixa probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais", escreveram os diretores no documento.

Para o comitê, a atividade global continua a mostrar tendência de maior moderação ao longo do horizonte relevante para a política monetária.

"As perspectivas continuam indicando recuperação da atividade em algumas economias maduras e intensificação do ritmo de crescimento em outras, apesar de nessas economias, de modo geral, permanecer limitado o espaço para utilização de política monetária e prevalecer cenário de restrição fiscal", trouxe a ata.

Importantes economias emergentes experimentam, de acordo com os diretores, um período de transição e, nesse contexto, de maior moderação no ritmo de atividade, ainda que haja resiliência da demanda doméstica.

O Copom destacou também a avaliação de que há uma moderação na dinâmica dos preços de commodities.

Sobre o petróleo, voltou a dizer que, independentemente do comportamento dos preços domésticos da gasolina, a evolução dos preços internacionais tende a se transmitir à economia doméstica tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto por intermédio das expectativas de inflação.

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