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Arrecadação salta 10% e tem melhor janeiro em 4 anos

Valor foi impulsionado pelo ganho com Refis, que acrescentou R$ 7,9 bilhões em janeiro, frente a apenas R$ 123 milhões recolhidos um ano antes

Arrecadação: só com o Refis, foram 7,938 bilhões de reais em janeiro, frente a apenas 123 milhões de reais recolhidos um ano antes (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 15h16.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 16h46.

Brasília - A arrecadação do governo federal registrou alta real de 10,12 por cento em janeiro sobre igual mês de 2017, a 155,619 bilhões de reais, impulsionada pelo ganho extraordinário com o Refis, programa de renegociação de dívidas tributárias.

Com isso, obteve o melhor resultado para janeiro desde 2014, quando a arrecadação somou 158,944 bilhões de reais, em dado também corrigido pela inflação, divulgou a Receita Federal nesta segunda-feira.

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Só com o Refis, foram 7,938 bilhões de reais em janeiro, frente a apenas 123 milhões de reais recolhidos um ano antes com parcelamentos especiais, incluindo no âmbito da dívida ativa.

Em apresentação, a Receita apontou que o bom desempenho no mês também derivou da elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis a partir de julho do ano passado. Isso rendeu em janeiro arrecadação de 2,491 bilhões de reais, sobre 1,177 bilhão de reais um ano antes.

Mesmo se excluídos todos esses efeitos, ainda haveria expansão real de 2,36 por cento na arrecadação no mês passado, como reflexo da recuperação da atividade econômica.

No primeiro mês do ano, também houve aumento de 5,58 por cento na receita previdenciária na comparação com igual período do ano passado, responsável por acréscimo de 1,821 bilhão de reais, somando 34,478 bilhões de reais.

O governo vem sustentando que os sinais da retomada da atividade já são traduzidos numa dinâmica mais positiva para o recolhimento de impostos. Mesmo assim, o desafio fiscal persiste, diante do peso dos gastos obrigatórios no Orçamento.Para 2018, a meta de déficit primário é de 159 bilhões de reais para o governo central, sendo que importantes medidas para assegurar seu cumprimento, como a reoneração da folha de pagamento e a privatização da Eletrobras, ainda precisam de aprovação no Congresso Nacional.

 

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