Economia

Arrecadação federal soma R$83,137 bi em fevereiro

Alta foi de 3,44% sobre um ano antes, número foi recorde para esses meses


	Dinheiro: pesquisa mostrou que a mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria 86 bilhões de reais
 (Getty Images)

Dinheiro: pesquisa mostrou que a mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria 86 bilhões de reais (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 10h22.

Brasília - A arrecadação federal somou 83,137 bilhões de reais em fevereiro, recorde para esses meses mas abaixo do esperado pelos analistas, refletindo o impacto elevado de desonerações e forte queda em tributos vinculados ao lucro das empresas.

Em fevereiro, a receita com impostos e contribuições teve alta real de 3,44 por cento sobre um ano antes, informou a Receita Federal nesta terça-feira.

Pesquisa Reuters feita com analistas do mercado mostrou que a mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria 86 bilhões de reais no mês passado.

Pesou negativamente no mês as renúncias de receitas de 8,7 bilhões de reais decorrentes de desonerações tributárias e a redução de 29,7 por cento na arrecadação conjunta do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativa à estimativa mensal de ganhos das empresas.

No dois primeiros meses do ano, o recolhimento de tributos soma 206,804 bilhões de reais, com alta real de 1,91 por cento em comparação a igual período de 2013.

As contas públicas estão sendo acompanhadas com lupa neste ano, diante do esforço do governo em melhorar a confiança dos agentes econômicos, abalada nos últimos anos pela condução da política fiscal.

O governo já ajustou a meta de superávit primário --economia para pagamento de juros da dívida-- deste ano a 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado.

Para dar conta de suas despesas, elevadas em 4 bilhões de reais neste ano por conta dos gastos com o setor energético via Tesouro, o governo decidiu que fará aumentos de tributos e reabrirá o Refis (refinanciamento de dívidas tributárias) para empresas com tributos vencidos em 2013 e não pagos.

Na segunda-feira a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou o rating soberano do Brasil, citando a deterioração das contas públicas, em um revés para a presidente Dilma Rousseff, que vai tentar a reeleição e cujos esforços para gerar maior crescimento levaram a uma deterioração das finanças do país.

Atualizado às 10:21

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