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Arrecadação de agosto tem queda real de 4,14% e no ano retração chega a 0,83%

Redução é fruto do menor nível de atividade econômica, da diminuição dos preços do dólar e da cotação das commodities

Sede da Receita Federal (Arquivo/Agência Brasil)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 21 de setembro de 2023 às 10h46.

A arrecadação de impostos e contribuições federais registrou queda real de 4,14% em agosto e totalizou R$ 172,785 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 21, pela Receita Federal. Trata-se da quarta queda mensal da arrecadação em 2023 e a terceira consecutiva. Em junho, o recuo foi de 3,4% em termos reais, e em julho, de 4,2%.

De janeiro a agosto deste ano, a arrecadação de tributos federais totalizou R$ 1,517 trilhão. Com valores corrigidos pela inflação, somou R$ 1,531 trilhão, com retração real 0,83%.

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Na prática, essa queda é fruto do menor nível de atividade econômica, das reduções dos preços do dólar e da cotação das commodities, que impactam o valor de venda do petróleo e dos metais. Esses dois itens têm peso significativo na arrecadação federal.

Efeito sobre as contas públicas

Com a arrecadação em queda, o governo passa a ser pressionado por medidas adicionais para garantir o equilíbrio das contas públicas.

Vale lembrar que o aumento de receitas é essencial para dar sustentação ao arcabouço fiscal. O governo corre para aprovar no Congresso um pacote de medidas para aumentar a arrecadação.

Além disso, o governo aposta na reforma tributária do consumo como forma de reduzir a sonegação e aumentar a base tributária.

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