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Armínio Fraga vê espaço para Banco Central reduzir juros

Ex-presidente do órgão acredita que politica fiscal e área de crédito podem ajudar na queda da Selic

Armínio Fraga quer que o BNDES estenda as taxas de juros mais baixas para todo o mercado (GILVAN BARRETO/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 12h16.

Rio de Janeiro - O Banco Central (BC) tem espaço para cortar a taxa básica de juros, na avaliação de Armínio Fraga, ex-presidente da instituição. Ele lembrou hoje que o BC não prometeu cortar a Selic , mas que tem avaliado a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que há espaço para novas reduções.

"O Banco Central vem fazendo sua avaliação a cada reunião e vê que há espaço para cortar. Mas não há uma promessa. Só que, dessa vez, o BC está tendo ajuda da área fiscal e alguma ajuda também da área de crédito", afirmou. O ex-presidente do BC disse ainda que a instituição vinha trabalhando dobrado para manter a inflação sob controle.

"Se uma parte do governo vai em uma direção e o BC na outra, ele tem que trabalhar o dobro. Então, hoje há algum espaço para se trabalhar", disse. "No curto prazo, creio que isso está sinalizado, está sendo trabalhado. Se for pensar em uma queda maior, no longo prazo, tem que pensar também em reduzir a meta de inflação."

Durante o seminário "A Nova Agenda - Desafios e oportunidades para o Brasil", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, no Rio, Armínio defendeu ainda que as taxas de juros praticadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem mais baixas que a Selic, deveriam ser estendidas ao resto do mercado.

"Temos tido ao longo dos últimos 15 anos uma trajetória de queda da taxa de juros. Não vejo nenhuma razão para não conseguirmos baixar as taxas de juros, para não estender a taxa do BNDES a todos. Não há por que continuar com um esquema que só oferece essas taxas básicas para poucos privilegiados. Tenho trabalhos na área de crédito que dizem que isso é possível", disse.

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"O Banco Central vem fazendo sua avaliação a cada reunião e vê que há espaço para cortar. Mas não há uma promessa. Só que, dessa vez, o BC está tendo ajuda da área fiscal e alguma ajuda também da área de crédito", afirmou. O ex-presidente do BC disse ainda que a instituição vinha trabalhando dobrado para manter a inflação sob controle.

"Se uma parte do governo vai em uma direção e o BC na outra, ele tem que trabalhar o dobro. Então, hoje há algum espaço para se trabalhar", disse. "No curto prazo, creio que isso está sinalizado, está sendo trabalhado. Se for pensar em uma queda maior, no longo prazo, tem que pensar também em reduzir a meta de inflação."

Durante o seminário "A Nova Agenda - Desafios e oportunidades para o Brasil", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, no Rio, Armínio defendeu ainda que as taxas de juros praticadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem mais baixas que a Selic, deveriam ser estendidas ao resto do mercado.

"Temos tido ao longo dos últimos 15 anos uma trajetória de queda da taxa de juros. Não vejo nenhuma razão para não conseguirmos baixar as taxas de juros, para não estender a taxa do BNDES a todos. Não há por que continuar com um esquema que só oferece essas taxas básicas para poucos privilegiados. Tenho trabalhos na área de crédito que dizem que isso é possível", disse.

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