Argumentos a favor de planos são "granada oca", diz Idec
Na avaliação do Idec, ao apresentaram o risco de um colapso financeiro no país, os bancos estão transferindo os riscos de seus negócios aos ministros do STF
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 16h47.
Brasília - Os argumentos a favor da constitucionalidade dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 feitas pelo governo e os bancos no Supremo Tribunal Federal (STF) são granada oca, que não explodiu e não vai explodir. A afirmação foi feita à Suprema Corte pelo representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Walter José Faiad.
A parte favorável aos planos alega que os custos aos bancos podem chegar a R$ 149 bilhões se perderem as ações no STF. "Os ministros do STF de nada têm de calouros", disse Faiad. "O Supremo nunca escorregou e não acredito que vá escorregar", acrescentou.
Na avaliação do Idec, ao apresentaram o risco de um colapso financeiro no país, os bancos estão transferindo os riscos de seus negócios aos ministros do STF. O representante do Idec argumentou também que a postura dos poupadores, de tentar diminuir as perdas que tiveram no passado, é totalmente compreensível.
"Se houve diminuição do meu capital, eu quero ele de volta", afirmou. Ele disse, porém, que a atuação desses poupadores é pequena quando comparada ao poder dos bancos. "Somos pequenas andorinhas de asas curtas", ilustrou.
Ele disse ainda que, ao votarem a favor dos bancos, os ministros poderão criar uma desconfiança por parte dos brasileiros no próprio sistema bancário nacional.
"Eu que hoje não sou poupador, mas não sou ignorante, posso passar a desconfiar do sistema financeiro", conjecturou.
Para ele, a crise de 2008 deve ter ensinado às autoridades locais para terem cuidado com as "pequenas andorinhas", pois são elas que alimentam o sistema. "Espero que essa andorinha faça Verão, Bresser e Collor 1 e 2", encerrou, fazendo um trocadilho com os nomes dos planos.
Brasília - Os argumentos a favor da constitucionalidade dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 feitas pelo governo e os bancos no Supremo Tribunal Federal (STF) são granada oca, que não explodiu e não vai explodir. A afirmação foi feita à Suprema Corte pelo representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Walter José Faiad.
A parte favorável aos planos alega que os custos aos bancos podem chegar a R$ 149 bilhões se perderem as ações no STF. "Os ministros do STF de nada têm de calouros", disse Faiad. "O Supremo nunca escorregou e não acredito que vá escorregar", acrescentou.
Na avaliação do Idec, ao apresentaram o risco de um colapso financeiro no país, os bancos estão transferindo os riscos de seus negócios aos ministros do STF. O representante do Idec argumentou também que a postura dos poupadores, de tentar diminuir as perdas que tiveram no passado, é totalmente compreensível.
"Se houve diminuição do meu capital, eu quero ele de volta", afirmou. Ele disse, porém, que a atuação desses poupadores é pequena quando comparada ao poder dos bancos. "Somos pequenas andorinhas de asas curtas", ilustrou.
Ele disse ainda que, ao votarem a favor dos bancos, os ministros poderão criar uma desconfiança por parte dos brasileiros no próprio sistema bancário nacional.
"Eu que hoje não sou poupador, mas não sou ignorante, posso passar a desconfiar do sistema financeiro", conjecturou.
Para ele, a crise de 2008 deve ter ensinado às autoridades locais para terem cuidado com as "pequenas andorinhas", pois são elas que alimentam o sistema. "Espero que essa andorinha faça Verão, Bresser e Collor 1 e 2", encerrou, fazendo um trocadilho com os nomes dos planos.