Economia

Argentina aceita pagar dívida em default por ação coletiva

O tamanho exato do acordo só será conhecido nas próximas semanas, segundo o mediador judicial do caso


	Peso argentino: país e credores chegaram a um acordo para pagamento de bônus que estavam em default desde 2001
 (AFP / Juan Mabromata)

Peso argentino: país e credores chegaram a um acordo para pagamento de bônus que estavam em default desde 2001 (AFP / Juan Mabromata)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 21h04.

Demandantes de uma ação coletiva aceitaram a oferta argentina para saldar o litígio em Nova York por bônus em default desde 2001, indicou nesta terça-feira o mediador judicial Daniel Pollack.

"Estou muito contente em informar que a República da Argentina alcançou um princípio de acordo com a ação coletiva Brecher, pendente perante o honorável (juiz) Thomas P. Griesa", destacou Pollack em um comunicado em Nova York.

"O tamanho exato da ação coletiva só será conhecida em várias semanas", acrescentou o mediador nomeado pelo juiz Griesa.

O acordo é por 100% do capital demandado, mais 50% de juros por cada demandante da ação coletiva, acrescentou.

A nova administração do presidente argentino de centro-direita, Mauricio Macri, apresentou em 5 de fevereiro uma proposta para pagar 6,5 bilhões de dólares de um total de 9 bilhões de dólares aos fundos especulativos e outros credores para por um fim ao julgamento multimilionário pela dívida em default desde 2001.

Dois dos seis principais fundos especulativos que ganharam o julgamento em Nova York aceitaram a proposta, embora os dois mais duros, NML Capital e Aurelius, que em 2012 conseguiram uma sentença favorável para cobrar uma dívida que chega hoje a 1,75 bilhão de dólares, a rejeitaram.

Os demandantes em ações coletivas, por sua vez, tinha protestado por não terem sido incluídos nas negociações celebradas de 1 a 5 de fevereiro e que continuaram na semana passada.

Este novo anúncio em Nova York se somar ao pré-acordo com 50.000 detentores de bônus italianos para pagar à vista 150% do aporte original do capital de 900 milhões de dólares por títulos em default, isto é, um total de "1,35 bilhão de euros", segundo seu representante, Nicola Stock.

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