Apesar da crise, pedidos de recuperação judicial no Brasil caem 7%
Pedidos tiveram em agosto a quinta queda mensal seguida, apontou a Serasa Experian
Reuters
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 16h46.
Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 16h53.
Os pedidos de recuperação judicial no Brasil tiveram em agosto a quinta queda mensal seguida, apesar da crise desencadeada pelos efeitos da covid-19, uma vez que credores estão aceitando renegociar dívidas, apontou a Serasa Experian.
De acordo com levantamento da empresa de informações de crédito, foram registrados 142 pedidos de recuperação no mês passado, dez a menos do que em igual período de 2019. Desde abril, essa é a quinta queda consecutiva do índice, sempre na medição ano a ano. A análise mensal revela retração de -2,2%.
Por tamanho, as grandes empresas fizeram em agosto 25% menos pedidos de recuperação judicial, enquanto nas médias o recuo foi de 20,8%.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os negócios de maior porte estão se recuperando com mais rapidez diante da retomada das atividades comerciais e de serviço, diante do maior capital de giro. Já as micro e pequenas empresas tiveram leve alta de 1% no número de pedidos.
"As renegociações entre credores e devedores continuam sendo o principal fator para contribuição da queda do índice", afirmou o economista no relatório.
Na análise por segmento é possível observar a baixa dos pedidos em todos os segmentos da economia, exceto no comércio, que elevou os pedidos de 24 para 31 na comparação ano a ano, com o setor sendo um dos mais atingidos pelas medidas de isolamento social para tentar conter a pandemia.
Em agosto as solicitações de falências recuaram diminuindo de 125 para 102. Por faixa, as micro e pequenas empresas tiveram 54 pedido, enquanto médias e grandes registram ambas 24.