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Anut: Com indefinição do frete, empresas estão atrasando embarques

Produtores do agronegócio não contratam diretamente caminhoneiros, e sim empresas, que, por sua vez, recrutam motoristas quando quadros são insuficientes

Caminhoneiros: transportadoras não estão utilizando caminhoneiros autônomos (Leonardo Benassatto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2018 às 16h39.

Brasília - Sem definição sobre o preço do frete rodoviário, diante das discussões ainda não concluídas pelo governo para fixar a tabela de preço mínimo pelo serviço, as empresas estão atrasando seus embarques e gerando um represamento de carga.

"Essa indefinição leva todo mundo a esperar aclarar-se o quadro", disse o presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luis Henrique Baldez.

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Ele explicou que os produtores do agronegócio não contratam diretamente os caminhoneiros , e sim empresas transportadoras. Que, por sua vez, recrutam caminhoneiros autônomos quando seus quadros são insuficientes para prestar o serviço.

"Se eu contrato essa empresa, tem de ser pelo frete mínimo? E se eu contrato pelo mínimo, como ela vai subcontratar o caminhoneiro pelo mesmo preço?", questionou o dirigente. Assim, na dúvida, as transportadoras não estão utilizando caminhoneiros autônomos.

Enquanto aguardam uma definição, o agronegócio vai estocando sua produção. "Não dá para fazer isso por muito tempo", disse Baldez. Isso porque a capacidade dos armazéns vai se esgotar. Além disso, o custo de estocagem pode colocar as empresas produtoras em problema de fluxo de caixa, observou.

O represamento da carga, disse ele, não decorre da vontade dos embarcadores. "Não é para retaliar os caminhoneiros", afirmou. "É pela indefinição da tabela."

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