Economia

Aneel descarta rever adiamento de bandeiras tarifárias

No fim do ano passado, o órgão regulador postergou a entrada em funcionamento do novo modelo para o próximo ano


	Lâmpadas: no regime de bandeiras tarifárias, os consumidores pagam um adicional nas contas de luz sempre que há crise energética
 (Getty Images)

Lâmpadas: no regime de bandeiras tarifárias, os consumidores pagam um adicional nas contas de luz sempre que há crise energética (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 19h53.

Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta sexta-feira, 14, que a antecipação do regime de bandeiras tarifárias não fez parte do pacote de medidas para o setor elétrico anunciadas na quinta-feira pelo governo porque ainda há imperfeições no modelo que deve entrar em vigor em janeiro de 2015.

No fim do ano passado, o órgão regulador postergou a entrada em funcionamento do novo modelo para o próximo ano.

"Não achamos oportuno rever decisão de adiamento das bandeiras tarifárias. O assunto não estava maduro e com a compreensão suficiente para colocar em prática este ano", afirmou.

No regime de bandeiras tarifárias, os consumidores pagam um adicional nas contas de luz sempre que há crise energética e as distribuidoras precisam utilizar eletricidade mais cara das usinas térmicas.

Por isso, caso as bandeiras já estivessem em vigor, os consumidores poderiam estar economizando energia, diminuindo a necessidade das distribuidoras em adquirem eletricidade mais cara no mercado de curto prazo.

Segundo ele, a proposta já aprovada passará por ajustes até o fim deste ano. "Do jeito que está, a bandeira vermelha é cobrada de todos os consumidores, inclusive os de distribuidoras que não estão expostas a essa energia mais cara", afirmou Rufino.

Além disso, a Aneel entendeu no ano passado que a sociedade ainda não estava pronta para assimilar a nova regra. "Mas se trata de uma boa ideia, pois o regime dá o sinal de preço adequado ao consumidor, ajuda a haver uma resposta da demanda em função do preço e de certa forma auxilia no fluxo de caixa das companhias", completou.

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